Na edição de outubro Quatro Rodas pergunta porque o carro no Brasil é tão caro. O mesmo Chevrolet Captiva custa R$ 92.990 aqui e R$ 48.880 no México, onde é produzido. Primeira resposta: os impostos no Brasil são mais altos, representando 27,1% a 36,4% do preço final do carro, conforme cilindrada e combustível. Nos Estados Unidos o imposto é de 6,1%, contra 9,1% do Japão, 13,% da Espanha, 16% da Alemanha, 16% do México e 18% da Argentina. As montadoras, é claro, não revelam suas margens de lucro, que certamente são generosas. O custo dos veículos foi afetado pelo custo das matérias-primas, como o aço (60% de aumento nos últimos cinco anos) que representa 10% do valor de venda de um VW Gol e derivados petroquímicos, mas em contrapartida a indústria brasileira se beneficiou do aumento na escala de produção. Essa escalada no volume ainda é pequena em comparação com as linhas de produção do Picanto, que despejam um milhão a 1,5 milhão de unidades por ano do carro, contra 400 mil da produção anual do Gol. O custo básico do carro brasileiro, como mostra a CSM, é um dos mais altos do mundo. Os impostos, então, nem se fala. Os opcionais também têm preços nas alturas, o mesmo acontecendo com o custo dos financiamentos. Fica, aí, portanto, a resposta (29 de setembro).
Fonte: Automotive Business