Quem vai ficar com o Pagani Zonda F?

Foto divulgação                              Três interessados disputam o cupê de R$ 4 milhões, único no Brasil

Glauco Lucena

O carro mais caro já vendido no país acaba de ser apresentado à imprensa. Ele custa R$ 4 milhões e já tem três interessados. Estamos falando do Pagani Zonda F, cupê superesportivo italiano com produção limitada a 25 unidades. A representação da Pagani Automobili no Brasil está a cargo da Platinuss, loja de supercarros que fica na Avenida Europa – o famoso corredor dos importados na capital paulista.

Apesar de trazer apenas um carro por ano, a Pagani é a mais nova marca filiada à associação dos importadores (Abeiva) e já tem estande reservado para o Salão do Automóvel, em novembro. A Platinuss também praticamente definiu a representação oficial das marcas Lamborghini (italiana) e Lotus (inglesa).

E como conciliar um carro para três interessados? Leilão? Segundo Natalini Bertin Júnior, dono da Platinuss, o preço público é mesmo R$ 4 milhões. “Vou escolher o cliente que tiver mais perfil e demonstrar maior paixão por este tipo de carro”. E a tentação de ficar você mesmo com esse carro, não é grande? – perguntei ao empresário, cuja próspera família de pecuaristas é famosa no interior de São Paulo. “Bem que gostaria, mas é um carro tão exclusivo que eu não vou nem dar uma voltinha nele, nem mesmo os principais órgãos de imprensa poderão acelerar”.

Para não dizer que não dirigiu, Bertin Jr manobrou o carro para a plataforma onde o Zonda F amarelo estava exposto à imprensa. Mas só quem entrou no carro para posar para fotos foi seu criador, o argentino (radicado na Itália) Horacio Pagani. A pedido dos jornalistas, ele ligou o motor Mercedes AMG 7.3 V12, de 659 cv. E acelerou forte, inundando o ambiente com um ronco para lá de agudo, vazando das quatro saídas de escape no centro da grade traseira. De acordo com o fabricante, o cupê de 4,44 metros e 1.344 kg acelera de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos e pode chegar a 345 km/h.

Apresentado no Salão de Genebra de 2005, o Zonda F é uma evolução do primeiro Zonda C12, de 1999. Era para se chamar Fangio F1, em homenagem ao famoso piloto argentino. Mas após sua morte, em 1995, Horacio Pagani não quis parecer oportunista, por isso batizou o bólido de Zonda, nome do vento que sopra nos Andes.

Depois de uma passagem pela Lamborghini, Pagani inaugurou em Modena sua própria construtora, em 1992. Desde o lançamento do primeiro Zonda, na virada do milênio, foram produzidas cerca de 100 unidades dos vários Zonda. “Tenho mais encomendas, mas minha meta é não produzir mais de 20 carros por ano, para manter a aura de exclusividade. E nenhum Pagani é igual ao outro, todos têm uma boa dose de personalização”, diz Horacio Pagani.

Assim que a unidade amarela for vendida, a Platinuss trará outra para exibição no Anhembi. Só exibição. Outro Pagani à venda, apenas em 2009. E poderá ser o novo Zonda R, que será lançado em março no Salão de Genebra, ainda mais esportivo que o F. A meta é superar o recorde que o Zonda F detém de volta mais rápida no circuito alemão de Nürburgring, entre carros de série. Em 2010 chegará um modelo inédito, abandonando a denominação Zonda. “Ainda mais nervoso e caro”, garante Pagani. Ele terá um motor desenvolvido sob encomenda pela AMG.

Fonte: Auto Esporte