A Fiat deixou de vender o que restava da linha Marea, que se resumia a uma versão do sedan e outra da perua, a SX com motor 1.6. O fim do velho Marea abriu espaço para a produção do Linea, o novo sedan que a montadora vai lançar em abril. Até o mês passado o Marea ainda constava na lista de ofertas da montadora.
O modelo sai de linha depois de pouco mais de oito anos no mercado. Lançado no final de 98 ele já chegou como linha 99 como uma opção para quem buscava um carro grande, confortável, bom espaço interno e potência de sobra. Tinha cinco versões de motor, 1.6 de 16 válvulas, 1.8 de 16 válvulas, 2.0 de 20 válvulas turbo, 2.0 de 20 válvulas e 2.4 de 20 válvulas, que acelerava muito e tinha um gasto de combustível compatível com o prazer que proporcionava.
Dificuldades – Pequenos problemas de manutenção foram minando a imagem do carro no mercado brasileiro e ele acabou perdendo participação no segmento. Sem conhecimento técnico, a rede independente de oficinas cobrava caro por serviços como a troca da correia dentada, o que era relativamente comum na versão 2.0.
O modelo 1.8 batia válvula, lembrava um motor a diesel. E a troca de óleo a cada longos 20 mil km (recomendação da montadora) provocava borra e entupia dutos. Além disso, passou a receber concorrência de modelos modernos, mais eficientes, com motores mais econômicos e menor índice de emissões de poluentes, como o Vectra, Corolla e o Civic fabricados no Brasil. E mais recentemente o Mégane, Peugeot 307 e o Citroën Pallas.
A Fiat tentou dar uma sobrevida ao Marea lançando a motorização 1.6 em junho de 2005. As versões SX do sedan e da perua sobreviveram 30 meses, mas não corresponderam em vendas, que foram insignificantes.
Na verdade o Marea nunca foi um carro rentável. Conta-se na montadora que, numa determinada época, a cada unidade vendida do veículo era um arrepio no departamento financeiro.
É … o Marea foi um tremendo carrão, mas seu tempo passou!
Fonte: Diário do Comércio
