No Salão de Detroit, em janeiro último, as montadoras chinesas tiveram um andar do Cobo Center, pavilhão de exposições do evento, reservado praticamente só para elas (era no subsolo, mas “exclusivo”). Na ocasião, um punhado de marcas, como BYD, Chang Feng e Geely mostraram seus produtos, numa ação de marketing para amolecer o mercado norte-americano — que, assim como o europeu, tem normas ambientais e de segurança muito mais rigorosas que as da China.
Aqui em Paris houve um aparente refluxo. A única marca chinesa relevante a expor seus produtos é a Brilliance, especializada em sedãs algo anódinos (e cujo modelo BS6 ficou famoso ao “bombar” num crash test europeu). Isso, apesar de gigantes do setor terem operações conjuntas com as marcas locais — como é o caso da própria Brilliance, que tem uma aliança com a alemã BMW. A explicação parece óbvia: as montadoras européias não querem carros chineses na Europa, e sim carros europeus na China.
Fonte: UOL