Senai da Volks já formou cerca de 6 mil jovens

Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC

O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e a Volkswagen comemoraram no último domingo, Dia da Indústria, uma parceria de 35 anos na formação de profissionais para o setor automotivo. Desde 1973, o Senai mantém uma escola dentro das dependências da montadora de São Bernardo, que já formou mais de 6.000 alunos.

Destinada a preparar profissionais e suprir a escassez de mão-de-obra especializada, a unidade oferece curso de técnico em mecânica e é direcionada para filhos e irmãos de funcionários da empresa. Segundo o gerente executivo de recursos humanos da Volkswagen e coordenador da parceria com o Senai, Raimundo Ramos, cerca de 50% dos alunos são aproveitados pela empresa ao se formarem.

Com dois processos seletivos por ano (nos meses de maio e novembro), o curso tem duração de dois anos e totaliza 1.500 horas de aprendizado. Cada nova turma é composta por 40 alunos, que recebem um salário mínimo por mês de ajuda de custo enquanto estudam. Para a grande maioria desses alunos, o Senai também tem status de primeiro emprego.

“Até 2005, contratávamos 100% dos estudantes que se formavam aqui. Mas os critérios foram mudados e ficaram mais rígidos. Nos últimos dois anos, eles passam por uma avaliação semestral e ficamos apenas com alunos que obtêm notas entre 7 e 10. Cerca de 50% conseguem”, comenta o gerente.

Ramos explica que a instituição se responsabiliza pela grade curricular e orientação técnica, enquanto a empresa entra com parte da verba – 1% da folha de pagamento é destinada à manutenção do curso – e a estrutura para que os alunos possam ter aulas práticas. Segundo ele, essa é uma das vantagens do Senai Volkswagen: permitir a aplicação prática do que se aprende na sala de aula. No primeiro ano, os alunos estudam teoria e prática simultaneamente nas salas e robôs da escola.

No segundo, passam a freqüentar as áreas de manufatura, interagindo com os processos na linha de montagem. Eles conhecem praticamente todo o sistema produtivo da montadora, desde o primeiro parafuso até os testes finais feitos nos veículos.

“Temos o chamado ensino dual, em que o aluno alterna aulas teóricas e práticas. E no curso, após conhecer as células de produção, os alunos desenvolvem projetos para a melhoria ou a redução de custos nos processos produtivos”.

Fonte: Diário do Grande ABC