Uma mania que não pára de crescer

Newton Santos/Digna Imagem/Arquivo           José Carlos Pontes, da Agência AutoInforme

A demanda por acessórios tem se ampliado pelo menos 12% ao ano, índice que deve ser ainda maior em 2008

Se o mercado de carros está aquecido, o de acessórios passa por um momento de euforia, porque tem muito o que crescer. Segundo Marcelo Ciasca, gerente de Acessórios da General Motors, “apenas 33% dos consumidores compram acessórios. Isso significa que temos um potencial de mais 67% para começar a comprar”.

O gerente de Marketing de Pós-Vendas para Acessórios da Volks, Décio Martins, diz que a empresa montou um comitê interno para tratar especificamente do segmento, que, segundo ele, vem crescendo 12% ao ano. O objetivo da montadora é expandir os negócios desta área em 30% este ano. “Estamos muito otimistas por perceber que as crises internacionais não estão afetando o Brasil”, comenta Décio.

Walter Rodrigues Torres, dono de uma empresa de acessórios em São Paulo, afirma que o mercado está muito aquecido. “Por isso ampliei a minha gama de produtos”, diz. Todos que trabalham no setor estão “rindo à toa”, com bom faturamento e perspectivas extremamente favoráveis. Mas os números são diferentes em cada empresa.

Na GM, Marcelo afirma que carros até quatro anos de uso recebem, em média, R$ 470 de acessórios e o empresário Walter garante que na sua loja a média de compra é de R$ 270. Na Volks, Décio diz que “donos de carros como o Golf gastam até R$ 3 mil em opcionais, enquanto os proprietários de um Gol disponibilizam cerca de R$ 1 mil”.

Uma das táticas das montadoras é agregar o valor do acessório no preço do veículo para que o comprador possa financiar tudo. Essa estratégia está dando certo, segundo os fabricantes, pois incentiva o consumidor a equipar o carro.

Cada região do País tem a sua preferência em relação a acessórios. Em São Paulo, investe-se em equipamentos de tecnologia e segurança, enquanto no Nordeste a preferência é pela personalização (aerofólio, spoiler e máscara do farol). Já os cariocas optam, principalmente, por som, roda e bagageiro de teto.

No mercado paralelo são muito procurados itens como pisca de retrovisor, minispot e outros ligados à iluminação. Cerca de 35% das vendas brasileiras concentram-se em São Paulo e, destas, 42% ocorrem na capital, índices semelhantes aos dos volumes nacionais de veículos.

Fonte: Diário do Comércio