Vendas nos Estados Unidos caem 18% em junho

O cenário de crise do mercado americano é cada vez pior. Com o preço da gasolina nas alturas a vendas de veículos em junho tiveram queda acentuada de 18,3%. No sexto mês do ano as montadoras locais emplacaram quase 1,19 milhões de automóveis contra os 1,45 milhões no mesmo mês do ano passado.

Pela análise do semestre a situação também não é nada confortável. Durante os seis meses do ano o mercado estadunidense absorveu 7,4 milhões de veículos, retração de 10,1% com relação ao mesmo exercício de 2007, quando acumulou 8,2 milhões.

Desde o começo do ano a preço da gasolina já subiu 40% nos Estados Unidos. Pesquisa com consumidores apontam que eles estão relutantes em fazer negócio, pois é forte a preocupação com a inflação e os problemas do mercado que dominam as manchetes dos jornais.

Os danos são mais acentuados em fabricantes muito dependentes do comércio de picapes e utilitários esportivos. Caso da Chrysler LLC que comercializou pouco mais de 117 mil veículos em junho contra os 183 mil vendidos no mesmo mês de 2007, recuo de 36%. A Honda, por exemplo, com oferta maior de automóveis menores conseguiu resultado positivo de 1,1% no mês passado, com 142 mil unidades vendidas. No semestre sua expansão alcança 4,1%.

Ao contrário do que se previa e apesar dos declínios, a General Motors ainda se saiu melhor que a Toyota. Em junho a companhia de Detroit colocou nas ruas 262 mil 329 veículos, queda de 18,2% com relação ao mesmo mês do ano passado. Já os representantes da montadora japonesa tiveram de dormir com um saldo negativo de 21,4%, com 193 mil 234 unidades vendidas.

Os relatórios de vendas da Ford também estão preenchidos de números vermelhos. Seu desempenho no mês registrou retração de 29,5%, com 173 mil 462 veículos vendidos contra os 245 mil 924 comercializados em junho de 2007. Deve-se levar em conta, porém, que no exercício de 2007 eram contabilizados os modelos Land Rover e Jaguar.

Com os resultados do semestre as vendas dos últimos doze meses do mercado estadunidense acumulam 15,3 milhões de veículos. Volume com cerca de 1,2 milhões a menos de unidades do que o exercício anterior.

As más notícias alcançaram até mesmo a Casa Branca. O porta-voz Tony Fratto chegou a comentar com repórteres: “É um tempo árduo para os fabricantes de automóveis. Estamos em um período de baixo crescimento e isto sempre acaba impactando importantes setores da economia”.
(Redação AutoData)

Fonte: Boletim Autodata