Do Diário do Grande ABC
A Volkswagen inaugura nesta quinta-feira, às 9h, na fábrica de São Bernardo, o mais moderno centro de realidade virtual da empresa, no mundo. Entre aquisição de equipamentos e montagem do centro foram gastos R$ 4,2 milhões, valor que integra os R$ 3,2 bilhões em investimentos anunciados até 2011 para as operações no País. A chanceler da Alemanha, Ângela Merkel, e o presidente mundial do grupo, Martin Winterkorn, participarão do evento de inauguração.
Segundo o gerente de design e package da Volks, Gerson Baroni, há centros semelhantes na matriz da empresa e também na fábrica da Skoda, localizada na Tchecoslováquia. O sistema implantado no Brasil, porém, conta com um projetor novo, lançado pela Sony no final do ano passado e que garante definição superior.
A imagem do veículo surge numa tela de 5,10 m por 2,70 m e com auxílio de óculos 3D têm-se a sensação de estar em frente a um automóvel de verdade. A textura dos tecidos dos bancos, do plástico do painel, da pintura na lataria é praticamente igual a de um carro de verdade. O centro também é equipado com sistema para teleconferência, que possibilitará discutir e apresentar detalhes dos projetos à distância.
“É possível simular a reflexão de um elemento na superfície da lataria. Se a imagem aparecer com ondulações, é sinal de que há alguma deformação e a partir daí partimos para as correções. É possível também verificar se há ou não folgas entre as partes do carro, enfim, inúmeras possibilidades que aumentarão a qualidade dos produtos antes mesmo de eles começarem a ser fabricados”, explicou Baroni.
Segundo o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, entre a criação e o lançamento de um carro no mercado são necessários de cinco a seis anos. “Isso é possível com esse sistema. Antes demorava entre sete e oito anos. Mas se o carro for feito a partir de uma plataforma já existente o tempo é menor, entre um ano e meio e dois anos”, disse.
Schmall comentou que o centro de realidade virtual de São Bernardo trabalhará em conjunto com outros centros do grupo no mundo. “Por uma questão de redução de custos, nenhuma montadora produz veículos nacionais. Os esforços são para o desenvolvimento de plataformas globais”, afirmou.
Fonte: Diário do Grande ABC
