Apresentação do carro conta com o presidente da República, Luciano Huck, Samuel Rosa, Blitz e Ivete Sangalo
Texto: Gustavo Henrique Ruffo
(30-06-08) – Qualquer mudança radical no campeão de vendas do mercado automotivo brasileiro mereceria uma apresentação grandiosa, mas a Volkswagen levou o termo a seus extremos. Não só porque, na apresentação do novo Gol, estivessem presentes do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao apresentador Luciano Huck, mas também porque a empresa montou em sua fábrica na rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, uma espécie de “ginásio” capaz de comportar mais de 10 mil pessoas. Pelo que o WebMotors pôde constatar, todas elas estiveram presentes no domingo para prestigiar o modelo mais aguardado deste ano.
O espaço, dividido em quatro arquibancadas, cada uma delas com dois níveis, um superior e um inferior, tinha em seu centro um palco onde algumas das atrações da noite se revezaram. Duas rampas, uma de cada lado do palco circular, permitiam que as diversas gerações do Gol subissem e descessem, levando as estrelas da noite para suas apresentações.
Como se poderia esperar, pouca coisa sobre o carro foi revelada no evento, que se destinou mais a ser uma festa, com um caráter emotivo bastante forte, do que a uma apresentação propriamente dita. Essa acontece hoje, quando será realizado um test-drive de São Paulo a Taubaté, onde o novo Gol está sendo fabricado.
Marcada para ter início às 18h, a festa começou bem mais tarde. Segundo o apresentador Evaristo Costa, que tentou conter a multidão que gritava “começa, começa”, o atraso se deveu à demora na chegada das autoridades. Não se sabe exatamente qual delas fez o evento começar mais tarde, mas é bem provável que tenha sido a mais importante.
A festa começou com um discurso do presidente da Volkswagen, Thomas Schmall, que se dirigiu especialmente aos diversos funcionários da empresa presentes à festa, pelo menos os 1.800 que participaram de um concurso cultural que conferiu a um deles o primeiro novo Gol a ser fabricado. Um mimo e tanto para a “família Volkswagen”, como Schmall se referiu aos funcionário da empresa sob sua batuta.
A ele se seguiram o vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, o diretor mundial da VW, Francisco Garcia Sanz, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, cujo discurso, longo, foi interrompido por aplausos diversas vezes pela multidão e, finalmente, o presidente Lula.
Falando aparentemente de improviso, Lula mostrou que mantém a habilidade de inflamar multidões e aproveitou o lançamento do Gol para fazer sua defesa do álcool combustível, torcendo pelo sucesso do carro e da tecnologia de flexibilidade em combustível para que o Brasil exporte mais veículos.
Dali em diante Evaristo Costa passou o comando da festa a Luciano Huck, encarregado de apresentar o novo Gol em todos os seus 28 anos de história. A banda Blitz, comandada por Evandro Mesquita, fez sua aparição para simbolizar os anos 1980, aqueles que viram o nascimento do carro mais vendido do Brasil. Mesquita até apontou um dos maiores problemas que o Gol enfrenta: uma alta taxa de roubos, conseqüência de sua enorme popularidade, que facilita a revenda de peças. “Eu tive um Gol GTI, mas fui roubado! Deus nos proteja dos ladrões”, disse o vocalista da Blitz. Amém!
Samuel Rosa, sem o resto do pessoal do Skank, foi ao palco para cantar “Satisfaction”, dos Rolling Stones, celebrando uma das séries especiais do Gol de segunda geração, o “Bolinha”, ou projeto AB9. Do início ao fim do espetáculo, as gerações do modelo desfilaram pelo palco. Desprezado, o primeiro Gol, movido pelo motor 1,6-litro do Fusca, refrigerado a ar, não deu o ar de sua graça, talvez porque não tenha sido ele o responsável por alçar o carro à condição de liderança. Ainda assim, história é história e o bichinho deveria ter feito seu barulho característico na pista.
Cada versão do Gol era apresentada ao público por bailarinos e antecedido pelas propagandas da ép
Fonte: Webmotors
