Anfavea: preços dos carros continuarão altos até meados de 2022

Fonte / Notícias Automotivas

A Anfavea não vê uma redução nos preços dos custos por um tempo. Com alta desenfreada nos valores dos carros novos, o mercado nacional vai gradualmente encolhendo na medida que diversos fatores afetam a precificação dos automóveis e até sua disponibilidade nas lojas.

Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade que reúne a maioria dos fabricantes nacionais, vislumbra os preços altos dos carros até meados do próximo ano. Contudo, ele espera que ações de marketing das marcas ajudem a vender mais veículos nesse período.

Moraes prevê: “Em termos de custos, não vejo em pouco tempo uma alteração estrutural que permita redução nos valores finais. Talvez, baixe apenas na metade do ano que vem”.

Anfavea: preços dos carros continuarão altos até meados de 2022

Para a Anfavea, um dos principais fatores que contribuem para aumento dos preços é o custo maior das montadoras, em especial com a cotação do dólar elevada. Ele explica que a importação de peças e componentes encarece o produto nacional.

Além disso, aumento da inflação, taxa Selic, entre outros, bem como a carga tributária altíssima, que chega a representar 50% do preço de um automóvel no país, contribui para o aumento dos preços.

Isso sem contar a paralisação das fábricas por conta de chips e outros componentes, que reduzem a oferta no mercado e inflam os preços também, inclusive dos carros seminovos e usados em decorrência do encolhimento do mercado de novos.

Anfavea: preços dos carros continuarão altos até meados de 2022

Só em 2021, os preços dos carros subiram em média 15%, o que impacta diretamente o consumidor. Fora isso, o ICMS aumentado em São Paulo, maior mercado automotivo do país, ajuda a complicar as coisas com valores mais altos que o resto do país.

Moraes reconhece que o aumento dos custos não pode ser absorvido pelas montadoras, que assim repassam a diferença para o consumidor. Ele explicou que isso ocorre de modo geral, visto que há ociosidade em todo o mundo.

Ainda, diz que se o Brasil não for competitivo, perderá investimentos importantes. Isso evidentemente quando o mercado automotivo global voltar a acelerar após a crise do chip e a pandemia.

[Fonte: Estadão]

 

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