VW Golf não tem mais versão Highline 1.4 TSI no Brasil

VW Golf não tem mais versão Highline 1.4 TSI no Brasil

O Volkswagen Golf perdeu a versão Highline, que tinha motor 1.4 TSI. O hatch médio da marca alemã ainda conta com as versões Comfortline 1.0 TSI e GTI 2.0 TSI no configurador. Feito em São José dos Pinhais, as vendas do produto vem caindo muito e agora está dando lugar na linha de montagem para o T-Cross, que tem potencial comercial bem superior.

Com vendas projetadas do T-Cross em um nível muito acima da demanda pelo Golf, a fábrica da VW no Paraná está concentrada em fazer muitos exemplares do crossover para forrar os pátios das revendas a partir de abril. Dessa forma, o volume do hatch deverá diminuir muito até um derradeiro dia. Presente num segmento que encolheu muito nos últimos anos, o Golf nacional foi impacto diretamente pela mudança de perfil do mercado.

A aproximação da próxima geração, que chega no começo de 2020, embora com atraso, vai findar com o modelo atual, que provavelmente voltará a ser importado da Alemanha. Como ficará muito mais caro devido à tecnologia empregada no próximo hatch, incluindo telemática avançada e propulsão micro-híbrida de 48V, o Golf tende a ficar cada vez mais de nicho e caro de fazer.

VW Golf não tem mais versão Highline 1.4 TSI no Brasil

E isso não deverá acontecer apenas aqui no Brasil. Na Europa, já se fala no Golf Light, um hatch de baixo custo para manter o nome do produto em alto volume. As chances desse carro ser um irmão do Skoda Scala (MQB-A0) são grandes. Aqui, o GTI ainda é desejado e, por conta de seu preço na casa de R$ 150 mil, importa-lo seria mais fácil, assim como o GTE, prometido pela VW para 2019, mas que pode chegar mesmo apenas em 2020, por conta da nova geração atrasada.

O movimento de concentração da produção do Golf na Alemanha, reforça a suspeita do fim de sua produção nacional. O hatch era feito no México e partirá para abrir a linha de montagem ao Tarek, que será vendido nos states. Assim, não faz muito sentido manter o Golf em baixo volume no Brasil, pois a importação germânica abastecerá os EUA e consequentemente o México.

Sem o Golf nacional, a Volkswagen se concentra em fazer carros de volume e retorno financeiro, como o T-Cross e o futuro crossover derivado do Polo, que já teve a produção contratada (com acordo sindical) para as fábricas da Anchieta e Taubaté. Isso sem contar a picape Tarok, que poderá ser feita também no Paraná. Da Argentina virá o Tarek, o anti-Compass da VW.

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