A Volkswagen estaria considerando a aquisição de ações da JAC Motors para produzir mais carros elétricos na China. Atualmente, as duas empresas possuem uma joint-venture com 50:50 de participação conjunta. Como se sabe, esse era o limite que o capital estrangeiro poderia atingir numa parceria (obrigatória) com um fabricante local.
Entretanto, o governo de Pequim mudou as regras e agora permite que haja capital 100% de fora em empresas estabelecidas na China. Isso também significa que uma empresa estrangeira pode se estabelecer no país sem um sócio chinês, assim como uma montadora internacional pode adquirir uma nacional.
No caso da Volkswagen e JAC Motors, as duas formaram a Jianghuai Volkswagen para produção de carros elétricos com uma marca do grupo VW, que finalmente será mesmo a Seat, mas com produtos de origem JAC.
No mercado automotivo chinês, um aumento de participação da empresa alemã na joint-venture não seria vista com tanta expectativa, pois, negócios desse tipo podem agora se tornar até 100% de um fabricante estrangeiro. Porém, de acordo com a Reuters, a Volkswagen não quer apenas controlar a joint-venture, mas comprar o controle da própria JAC Motors.
O problema é que 40% das ações da JAC estão nas mãos de acionistas controlados pelo governo chinês e 24% estariam nas mãos da Anhui Jianghuai Automobile Group Holdings Limited, que tem sede em Hefei, na mesma província onde a Chery tem sua matriz, no caso em Wuhu. Esta empresa-mãe da JAC é controlada pela administração provincial.
A Volkswagen já teria pedido à Goldsman Sachs para fazer uma avaliação financeira da JAC Motors, que hoje estaria valendo em torno de US$ 1,9 bilhão. No caso da VW, a montador alemã é estimada em € 75 bilhões em valor de mercado. Não se sabe se os governos de Anhui e Pequim estariam dispostos a vender totalmente a Jianghuai para a Volks.
Esta última estaria pretendendo adquirir as ações diretamente dos acionistas principais da JAC Motors. A empresa tem uma grande gama de produtos, que inclui caminhões, ônibus, utilitários leves e automóveis. No entanto, ela é apenas a 11ª no ranking de vendas no país e apresentou prejuízo de US$ 114,58 milhões no ano passado ante o lucro de US$ 64,3 milhões em 2017.
[Fonte: Reuters]
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