Atenção aos acessórios na hora da compra

Por: Felipe CarvalhoAté os anos 80, nosso mercado era fechado para importações.Tínhamos algumas poucas opções das chamadas “quatro grandes” montadoras aqui instaladas – Volkswagen, General Motors, Ford e Fiat –, que disputavam a preferência do consumidor sem muitas inovações.Essa baixa concorrência fez com que ficássemos atrasados em termos de tecnologia e qualidade.Poucos eram os carros oferecidos com os principais acessórios de conveniência – ar-condicionado, direção hidráulica e conjunto elétrico.Na verdade, um simples vidro elétrico já era motivo de orgulho – quase um luxo, sinônimo de ostentação perante amigos e familiares.Mas esse cenário mudou drasticamente com a abertura das importações, no início dos anos 90.De um dia para o outro, nossas ruas foram invadidas por modelos que mais pareciam ter vindo do espaço.Naturalmente, as “quatro grandes” se mexeram e passaram a oferecer produtos mais avançados e adequados para acompanhar os importados.Lembro com certo saudosismo dessa época, pois tivemos carros muito bacanas circulando pelas ruas.Claro que os veículos mais completos eram apenas para alguns endinheirados. Hoje, porém, pouco mais de 20 anos depois, um simples modelo de entrada já sai bem equipado de fábrica.Desde que comecei meu trabalho como Caçador de Carros, todos os meus clientes, sem exceção, exigiram que o veículo tivesse, no mínimo, os acessórios acima citados.Atualmente, alguns modelos são tão bem equipados que deixariam aquelas naves espaciais dos anos 90 com inveja. E, diante de tantos acessórios, não é raro quando um deles para de funcionar como deveria.Na hora de avaliar um usado – ou mesmo um seminovo -, deixe o entusiasmo de lado e teste cuidadosamente todos os equipamentos, para se certificar que não terá nenhuma surpresa desagradável depois de fechar o negócio.
Fonte: UOL Carros / Carsale