Avaliação do A8 revela show de tecnologia

Audi A8
Hairton Ponciano Voz, de Munique

Quando um veículo é lançado, espera-se que ele traga algo novo. No mínimo, deve oferecer o que os concorrentes já têm. Se possível, deve ir além. Seguindo essa lógica, fui conferir o que o novo Audi A8 tinha para oferecer. Só não imaginava que ele escondia tantas novidades.
Nosso encontro foi no aeroporto de Munique. Eu havia acabado de dirigir o R8 V10 Spyder na França (a avaliação está na edição de abril da Autoesporte), portanto meu nível de exigência estava nas alturas. E não é que o A8 surpreendeu? A primeira impressão, mesmo com o carro parado, foi positiva. A carroceria do A8 consegue transmitir ideia de esportividade, mesmo sendo um sedã de alto luxo. O acabamento é ótimo e o luxo impressiona. Mas, para explorar tudo o que ele tem a oferecer, só andando (muito).

A temperatura em Munique estava abaixo de zero (durante o test drive, manteve a média de -4 graus Celsius), e nevava muito. Mesmo assim, quando entramos na autobahn o alemão designado para ser nosso guia disparou no carro da frente a mais de 200 km/h, com neve e tudo. Foi um bom teste inicial para a tração Quattro, que manteve o carro na linha o tempo todo, mesmo sobre piso de baixa aderência. Serviu também para conferir a ótima capacidade de aceleração do sedã de 5,14 m e 1.835 kg. Parte do mérito vai para a carroceria de alumínio, presente no carro desde a primeira geração do modelo, lançada há 15 anos. Outros responsáveis são o motor 4.2 V8 FSI (372 cv, 22 cv a mais que o modelo anterior) e o câmbio Tiptronic, agora com oito marchas. Graças a ele, as trocas são praticamente imperceptíveis. A Audi divulga 0 a 100 km/h em 5,7 segundos, número digno de esportivo. Mas o A8 tem muito mais a oferecer.

Fonte: Auto Esporte