Caminhão menos poluente no Brasil só em 2012

A indústria de caminhões investe para produzir mais. Mas o programa de redução de emissões será mesmo adiado. Os fabricantes de veículos estão praticamente fechados em torno da proposta surgida na semana passada, que prevê pular a etapa do programa de redução dos níveis de enxofre prevista para janeiro de 2009 e atender, daqui a cerca de três anos, um nível mais rigoroso, em vigor na Europa hoje. A decisão será apresentada em reunião convocada pelo Ministério do Meio Ambiente, dia 26. Os motores dos caminhões produzidos hoje no Brasil estão preparados para um combustível com até 2 mil ppm (partes por milhão ) de enxofre. Segundo resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a partir de janeiro, os veículos deveriam estar preparados para receber um combustível com 50 ppm. Um jogo de empurra-empurra cercou todo o desenvolvimento dessa nova etapa, que exige equipamento mais sofisticado, que deve encarecer os caminhões entre 5% e 7%. A ANP atrasou a divulgação das características do combustível, o que retardou a adaptação da produção da Petrobras e também o desenvolvimento dos novos veículos. Ninguém se pronuncia oficialmente a respeito do assunto – nem os fabricantes dos veículos, nem a Petrobras e nem o Ministério do Meio Ambiente (Marli Olmos e Guilherme Manechini, Valor, 13 de agosto).

Fonte: Automotive Business