China anunciou abertura de mercado para fabricantes estrangeiros em busca dos elétricos

bmw-1-sedan-china-fabrica China anunciou abertura de mercado para fabricantes estrangeiros em busca dos elétricos

Em busca de facilitar a introdução do carro elétrico em massa no mercado local, a China anunciou uma medida inédita, mas já esperada. O governo de Pequim vai abrir o país para os fabricantes de veículos estrangeiros. Desde 1994, a administração central impôs uma regra para que as empresas estrangeiras pudessem se estabelecer, sendo essa uma associação obrigatória com um fabricante local, numa parceira tipo joint-venture de até 50% do controle acionário.

Agora, Pequim vai abrir gradualmente esse mercado para fabricantes que queiram se estabelecer com fábricas no país, começando pelas empresas que atuam no segmento de carros elétricos, tais como a Tesla, por exemplo. Já as demais empresas que produzem carros convencionais, terão ainda mais cinco anos pela frente até que tenham o direito de adquirir participação maior que 50% ou mesmo 100% de uma operação fabril.

A China quer ter 7 milhões de carros elétricos circulando pelo país até 2025 e por isso quer facilitar primeiramente para as montadoras dedicadas ao segmento. Além disso, como já possui um parque automotivo com diversas empresas nacionais, que produzem milhões de carros anualmente, o país não precisa mais se preocupar em adquirir know how para desenvolvimento de veículos, um dos motivos da restrição de 1994.

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Os chineses aprenderam a fazer carro muito rapidamente com as montadoras estrangeiras instaladas em parceria no país, agora o país quer elevar a produção ainda mais, mas focada em carros de emissão zero. Por isso, Pequim impôs também cotas para os fabricantes no geral, a fim de que uma parte da produção seja de carros elétricos. Desde 2015 a China é o maior mercado desse tipo no mundo, tendo vendido em 2017 cerca de 777 mil unidades de elétricos e híbridos plug-in, sendo mais de 80% do primeiro tipo.

Lá, os incentivos para carros elétricos varia de US$ 7.000 a US$ 8.000, não muito diferente dos EUA, mas o fabricante de automóveis não precisa ficar limitado a 200.000 carros iniciais, como nos EUA. Empresas como a Tesla agora poderão se estabelecer 100% na China conforme seus moldes de trabalho e assim ficar livres de ter que compartilhar tecnologia com as chinesas. Na verdade, elas nem precisam mais. Espera-se assim que carros como Model 3 e Model Y, sejam nacionalizados no país até 2020.

Para a Tesla, por exemplo, isso surge como alternativa para escapar da prometida retaliação fiscal chinesa ante produtos americanos. Além disso, o baixo custo de produção chinesa pode fazer com que Elon Musk utilize o país como plataforma de exportação para outros mercados e talvez, se a situação se acalmar, para os EUA também. A Renault poderia ver essa mudança como oportunidade para finalmente emplacar de vez no país.

[Fonte: Plug-In Cars]

 

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