Toyota Tundra: detalhes, versões, motores e equipamentos (2 gerações)

Toyota Tundra: detalhes, versões, motores e equipamentos (2 gerações)
Toyota Tundra 2018

A Toyota Tundra mostra que os americanos são um pouco exagerados quando o assunto são carros.

Se por aqui o Chevrolet Onix é o mais vendido e o Top 10 é ocupado em boa parte por carros compactos, lá a Ford Série F é o carro que mais vende e nenhum compacto aparece no top 25 de vendas.

Embora não seja um dos carros mais vendidos da Toyota no mercado americano, a Tundra exemplifica o que os consumidores daquele mercado gostam.

Para se ter uma noção, a picape tem 5,80 metros de comprimento, ou 50 centímetros a mais que a nossa Hilux. Ela é ligeiramente menor que a RAM 2500, sendo mais próxima de uma RAM 1500 – que deve chegar por aqui em breve.

A Toyota Tundra é o que a marca japonesa tem de melhor para o segmento de picapes nos Estados Unidos. Ela é dotada de um bom nível de equipamentos, interior com acabamento refinado e mecânica potente e eficiente.

Bem nos moldes do que os estadunidenses gostam.

A primeira geração da Tundra surgiu no ano 2000 e foi comercializada até 2006. Naquele ano, a marca apresentou a segunda geração do utilitário médio/grande, que ainda é comercializado e já soma 13 anos de mercado.

Toyota Tundra: detalhes, versões, motores e equipamentos (2 gerações)

Inicialmente, a caminhonete foi produzida na planta da Toyota em Princeton, no estado de Indiana, nos Estados Unidos. Porém, em 2009, teve a sua linha de produção transferida para San Antonio, no Texas, também no território americano.

Desde 2012, a Toyota Tundra não vende menos que 100 mil unidades por ano. Só em 2018 foram 118,3 mil exemplares emplacados, o que dá uma média de quase 10 mil exemplares mensais.

Além dos Estados Unidos, a picape é comercializada também em mercados como Canadá, México, Panamá, Honduras, Chile e Bolívia.

Confira abaixo os principais detalhes das duas gerações da Toyota Tundra vendida nos Estados Unidos:

Toyota Tundra – primeira geração (2000 a 2006)

Toyota Tundra: detalhes, versões, motores e equipamentos (2 gerações)

A primeira geração da Tundra foi lançada como uma alternativa de picape maior que a Tacoma (que chegou nos EUA em 1995) e também para substituir a antiga picape Toyota T100.

Em comum com esses dois modelos, a picape tinha o motor 3.4 V6, que no caso da Tacoma era ofertados nas versões mais caras da gama.

O modelo teve o seu primeiro exemplar produzido na planta de Princeton, Indiana, em maio de 1999, com 65% de índice de nacionalização. A linha de produção tinha capacidade para entregar 120 mil carros por ano, o dobro do volume da T100.

E deu certo: a picape teve uma das maiores vendas iniciais entre todos os carros já oferecidos pela Toyota e ganhou uma série de prêmios.

Todavia, dada a exigência dos consumidores nos Estados Unidos, a Tundra de primeira geração foi alvo de críticas logo no seu lançamento. A picape foi criticada por ser pequena demais para os padrões daquele mercado.

Tanto é que, anos depois, a marca japonesa tratou de modificar a picape para deixa-la maior e mais robusta.

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A versão de entrada da Toyota Tundra americana tinha um motor 3.4 V6 de 24 válvulas, capaz de gerar 190 cavalos de potência e 30,6 kgfm de torque.

Depois, a marca atualizou esse propulsor com a introdução de um supercompressor da Toyota Racing Development (TRD), passando a entregar 260 cv e 36 kgfm.

Havia também a opção do 4.7 V8 de 32 válvulas, com força suficiente para entregar 250 cv e 43,6 kgfm. Em ambos os casos, o câmbio era manual de cinco marchas ou automático de quatro velocidades.

Nas dimensões, o modelo tem 5,56 metros de comprimento, 2 m de largura e 1,81 m de altura, com distância entre-eixos de 3,26 m. O peso variava de 1.785 kg a 1.912 kg.

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Uma das primeiras mudanças da linha Toyota Tundra de primeira geração foi anunciada em 2002, como novidade para a linha 2003.

Na ocasião, a picape passou a contar com a opção de carroceria Cabine Dupla, com portas traseiras de abertura convencional. Até então, ela tinha apenas a configuração Access Cab, com portas traseiras tipo suicida e menor espaço interno.

Para efeito de comparação, a Tundra Cabine Dupla (ou Double Cab) era 33 centímetros mais longa, 0,7 cm mais alta e 1 cm mais larga que as versões Regular e Access Cab. Além disso, o entre-eixos era maior em significativos 30 cm.

No ano de 2003, a Toyota anunciou a Tundra T3 Especial Edition para homenagear o lançamento do filme Terminator 3 (ou “O Exterminador do Futuro 3”, no Brasil).

A picape teve produção limitada a 850 unidades, sendo 650 para os EUA e 200 para o Canadá, e tinha grade e outros detalhes de acabamento na cor preta, rodas de 17 polegadas e acabamento interno exclusivo.

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Já em 2005, a Tundra recebeu atualizações em sua gama de motores. O 3.4 V6 foi substituído por um 4.0 V6, que desenvolve 240 cv e 36,8 kgfm, ao passo que o 4.7 V8 recebeu a tecnologia VVT-i da Toyota de comando de válvulas variável, passando para 290 cv e 45 kgfm.

Fora isso, passou a dispor de uma transmissão manual de seis marchas ou automática de cinco velocidades.

Todavia, apesar de todas essas características, a Tundra ainda não havia mostrado o seu real potencial frente às demais picapes da categoria. Modelos como a Ford F-150 se saíam bem melhor que a representante da Toyota nos EUA.

Toyota Tundra – segunda geração (2006, até hoje)

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Foi em fevereiro de 2006 que a Toyota apresentou durante o Salão do Automóvel de Chicago a nova geração da Tundra.

Para recuperar parte do terreno perdido com a primeira geração, a segunda Toyota Tundra estreou com mais força e maior capacidade para se equiparar ou até superar as outras picapes oferecidas naquele mercado.

A nova geração da Tundra foi desenvolvida pela própria filial da Toyota nos Estados Unidos.

O planejamento teve início na sede da marca no sul da Califórnia, o desenvolvimento de engenharia foi dirigido pelo centro técnico da empresa em Michigan e o design foi liderado pelas equipes de design e desenvolvimento na Califórnia e Michigan.

Já a produção acontece em Princeton, Indiana, e também na nova planta de picapes da Toyota em San Antonio, Texas. Todavia, como mencionado nos parágrafos acima, desde 2009 a Toyota Tundra sai apenas da linha de produção do Texas.

Toyota Tundra: detalhes, versões, motores e equipamentos (2 gerações)

Em comparação com sua antiga geração, a nova Tundra cresceu em todos os sentidos. Graças ao uso de uma nova plataforma, a picape apresentou ganhos consideráveis em comprimento, largura, altura e entre-eixos.

Na época, o modelo se posicionava como o maior utilitário em tamanho geral entre os exemplares da categoria.

No comprimento, a picape passou a ter de 5,32 m a 6,28 metros, enquanto a largura é de 2,02 m, a altura varia de 1,92 m a 1,96 m e o comprimento pode ir de 3,2 m a 4,18 m, tudo isso de acordo com a carroceria da Tundra (Cabine Simples, Cabine Dupla ou CrewMax, esta última subdimensionada para maior espaço para as pernas dos ocupantes traseiros).

Na gama de motores, a Tundra de segunda geração chegou ofertando três opções diferentes. Os modelos Cabine Simples e Cabine Dupla foram comercializados com um 4.0 V6 de 240 cv (a 5.200 rpm) e 36,8 kgfm (a 4.000 rpm).

Como opcional e de série para a Tundra CrewMax, havia um 4.6 V8 i-Force de 310 cv (a 5.400 rpm) e 45 kgfm (a 3.400 rpm).

Estes propulsores podiam ser combinados a um câmbio automático de cinco marchas e tração 4×2 ou 4×4.

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Como opção entre os modelos mais caros, havia um 5.7 V8 i-Force, disponível para todas as configurações da picape. Ele rende bons 385 cv (a 5.600 rpm) e 55,4 kgfm (a 3.600 rpm). Junto a este propulsor está um câmbio automático de seis marchas e sistema de tração 4×4.

De acordo com a Toyota, a nova Tundra trouxe ainda o sistema de gerenciamento de tração mais avançado da linha.

A picape ganhou um diferencial de deslizamento limitado que fornece controle de torque computadorizado, permitindo o envio de força para uma ou mais rodas conforme a demanda.

Em comparação com um diferencial de deslizamento limitado mecânico, o sistema da Toyota batizado como Automatic Limited-slip Differential (A-LSD) fornece melhor comportamento em areia ou lama e em superfície de baixo atrito ou de atrito misto.

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Graças ao uso de uma nova base, dotada de áreas mais reforçadas com aços de alta resistência e suportes de suspensão mais rígidas, a Tundra ficou mais robusta.

Ganhou ainda suspensões mais firmes e as maiores rodas da categoria, de 18 polegadas com pneus 225/70 R18 ou 275/65 R18 ou de 20 polegadas com pneus 275/55 R20.

A picape conta ainda com freio a disco nas quatro rodas, sendo os dianteiros ventilados de 13,9 polegadas com pinças de quatro pistões e os traseiros sólidos de 13,6 polegadas com pinças de dois pistões, sempre com sistemas ABS (antitravamento), EBD (distribuição eletrônica de frenagem) e BA (assistente de frenagem) de série.

Ainda entre os recursos, a Tundra podia ser equipada com sistema de som premium JBL, banco do motorista com ajustes elétricos em 10 posições, câmera de ré, seis airbags, tampa da caçamba com amortecimento, seis airbags, controles de estabilidade e tração, entre outros.

Ao todo, a Toyota Tundra 2007 podia ser encontrada em 31 configurações diferentes, quase o dobro do ofertado pela antiga geração da picape.

Tundra reestilizada em 2013

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A primeira reestilização da Toyota Tundra foi anunciada em fevereiro de 2013, também no Salão de Chicago.

A picape recebeu para-choques com desenho mais proeminente (sendo o dianteiro dividido em três peças, o que segundo a marca reduz os custos de substituição), grade frontal retocada, para-lamas com formato mais largo e vincos acentuados, lanternas traseiras mais compactas e tampa da caçamba com novo formato e o nome “Tundra” gravado em baixo relevo.

As principais mudanças, entretanto, foram concentradas na cabine.

Lá, a então nova Tundra 2014 recebeu um painel totalmente redesenhado, com detalhes mais refinados e acabamento mais sofisticado, além de novos recursos de conforto e tecnologia.

Toyota Tundra: detalhes, versões, motores e equipamentos (2 gerações)

Entre os equipamentos, a picape passou a oferecer um painel de instrumentos com tela central colorida, ar-condicionado de duas zonas, bancos com revestimento exclusivo e ajustes elétricos e sistema de ventilação e aquecimento dos dianteiros, sistema de som premium JBL com 12 alto-falantes, sistema multimídia com navegador GPS, entre outros.

Já entre os motores, a picape seguiu com os 4.0 V6, 4.6 V8 e 5.7 V8. O 4.0 V6 recebeu mudanças, com aumento de 35 cv, passando a desenvolver 275 cv e 38,5 kgfm.

Nas demais mudanças, a Toyota Tundra 2014 recebeu aprimoramentos na suspensão e na direção, além de melhorias no isolamento acústico.

Nova linha da Tundra com mais recursos em 2017

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As últimas mudanças significativas da Toyota Tundra foram anunciadas em meados de setembro de 2017. A picape da marca japonesa recebeu mudanças sutis no visual, além da adoção de uma série de novos equipamentos de segurança.

Fora isso, ela abandonou a opção de cabine simples, passando a contar apenas com as configurações cabine estendida de duas portas e cabine dupla de quatro portas.

A respeito da parte estética, a Tundra 2018 passou a contar com uma nova grade dianteira, com moldura cromada e filetes horizontais na parte central.

Além disso, ganhou novos para-choques. As versões mais caras passaram a contar com novas rodas diamantadas. Por dentro, mudou apenas o padrão de acabamento.

Toyota Tundra: detalhes, versões, motores e equipamentos (2 gerações)

Já na lista de equipamentos, a nova linha do modelo da Toyota apresentou diversos recursos interessantes. Entre eles, o sistema de frenagem autônoma de emergência, alerta de ponto cego, aviso de mudança involuntária de faixa, faróis com facho alto adaptativo, detecção de pedestres com alerta e frenagem automática e controle de cruzeiro adaptativo.

A picape seguiu com o motor 4.6 V8 i-Force de 310 cv e 45 kgfm ou um 5.7 V8 i-Force de 385 cv e 55,4 kgfm, ambos com transmissão automática de seis marchas.

Atualmente, a Toyota Tundra 2019 pode ser encontrada nos Estados Unidos com preços que vão de US$ 31.670 a US$ 49.895.

A picape tem garantia de fábrica de três anos ou 36 mil milhas (ou 58 mil quilômetros rodados), o que ocorrer primeiro, e para 5 anos ou 60 mil milhas (96,6 mil km) para motor, câmbio e corrosões.

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