Especial: o design 100% nacional existe?

 Com produtos globalizados, centros brasileiros de design perdem autonomia, mas ganham importância internacionalPor Marcelo Moura // Fotos: Bruno Guerreiro e DivulgaçãoVocê, como bom Viciado em Carro, reconhece de cara o novo Gol, mas, para os mais distraídos, poderia ser o Polo europeu, o Voyage ou até mesmo o Golf. No trânsito, um Mercedes-Benz Classe C é basicamente um Classe S menor – e o novo Classe E também segue a linha. Nós sabemos: a identidade visual fixa não é novidade – a BMW usa variações da famosa grade dupla de rim há mais de oito décadas. Mas com produtos desenvolvidos para serem vendidos no mundo todo, será que os centros de design brasileiros perdem sua relevância?Com a possibilidade de cortar custos, o mantra da chamada estratégia global é de que não há fronteiras entre os países. Essa colaboração começa a ser costurada já na fase embrionária do projeto, quando a equipe de design responsável se reúne com a fábrica para riscar as premissas básicas sobre o novo carro. E isso vale para todas as marcas. “A Nissan possui centros de design espalhados pelo mundo. Todos precisam trabalhar em sintonia, sob a tutela da matriz e levando em consideração a estratégia global”, afirma Robert Bauer, o número um no comando do estúdio da marca no Rio de Janeiro.
Fonte: CarDriver