Alberto Cataldi
General Motors, Ford e Chrysler terão que esperar por aquela que pode ser sua salvação. O governo norte-americano cancelou a medida que concederia às marcas um empréstimo de US$ 25 bilhões como auxílio para sua recuperação financeira. A proposta, criada por um senador, foi discutida na tarde de ontem, quando a maioria democrata no congresso decidiu adiar a votação até o dia 8 de dezembro. Para as marcas, isso significa menores chances de uma aprovação simples, além de ter que atender a mais garantias do governo para receberem o empréstimo.
Os senadores exigiram que as marcas apresentem um documento em que mostrem a viabilidade e confiabilidade do investimento, assim como a predisposição para atender a medidas que assegurem que o dinheiro possa colocá-las novamente em um fluxo econômico sustentável. Com isso, GM, Ford e Chrysler precisarão mostrar projetos de inovação tecnológica, planos de competitividade e de reformulação de sua diretoria. O prazo para a entrega deste material é 2 de dezembro.
Nas últimas semanas, as grandes marcas americanas já participaram de diversas ouvidorias e sessões no senado do país, tentando viabilizar o empréstimo e traçar um plano claro de onde ele será investido. As críticas feitas pelos senadores norte-americanos têm sido duras, acusando os grupos de ingerência e falta de investimento apropriado. A população dos EUA se divide sobre permitir ou não que uma quantia tão significativa seja oferecida para as empresas no momento de maior crise da economia norte-americana desde 1929.
No momento, a GM é quem mais sofre com a espera. Consultores financeiros já deram um prazo de três meses para que a outrora maior marca automotiva do mundo tenha que fechar suas portas. Na Europa, a Opel – divisão local da marca – já conseguiu um empréstimo de 1 bilhão de euros com o governo alemão, mas a quantia deverá ser investida apenas no mercado local.
Fonte: Auto Esporte
