Frontier brasileira continua com motor tailandês

Agência Autoinforme – A Nissan apresentou a nova Frontier fabricada no Brasil, que substituirá a tailandesa. Apesar de brasileira ela tem apenas 25% de nacionalização (em valores), já que toda a parte eletrônica, motor e câmbio continuam vindo de fora. O motor ainda é o tailandês.

Mesmo sem motor flex, a Nissan acredita que as vendas poderão duplicar já que o mercado de picapes com preço superior a R$ 100 mil está aumentando no Brasil. É nesta faixa que a Frontier deve atuar, pegando ainda o consumidor que compra picapes com valor um pouco abaixo desta faixa.

A Nissan não divulgou o preço do veículo, alegando que as incertezas do mercado estadunidense está fazendo com que os preços sejam definidos nos próximos dias, apesar das vendas começarem no início de outubro. As picapes estão sendo faturadas para as concessionárias com um valor provisório e assim que ficar definido quanto custará, os preços serão corrigidos. Mesmo sem definição de valores, a versão de entrada deverá ficar em torno de R$ 85 mil e a topo de linha, com todos os acessórios, deve chegar a R$ 125 mil.

Fizemos um pequeno percurso com a Frontier brasileira e a impressão que se tem é que ela ficou mais espaçosa e mais alta. Entrar no veículo também ficou mais fácil. Estas mudanças foram feitas para o público brasileiro, que é maior do que o tailandês.

Com versão somente a diesel e motor 2.5 de 16 válvula turbo, a picape ficou bonita e mais robusta. Bem diferente do modelo anterior. O motor, que gera 172 cavalos de potência, na versão topo e 144 cv nas de entrada e intermediária, é silencioso e o câmbio é fácil de engatar. Andamos na versão com câmbio manual, de seis marchas, mas há ainda a versão automática com cinco marchas.

Como agora ela é fabricada no Brasil, a Nissan está disponibilizando muito mais cores, apesar do forte ainda ser a prata e a preta.

A versão 4×4, topo de linha, deverá corresponder a maior fatia de vendas entre as dez versões que podem ser vendidas, com um grande número de kits de opcionais.A versão de entrada é a XE, tendo a intermediária SE e a topo, LE. A previsão é que as vendas cheguem a mil unidades por mês.

O mix de vendas deverá ser este:

– 25% para a versão de entrada XE
– 5% para a versão SE com tração 4×2
– 10% para a versão SE com tração 4×4
– 15% para a versão LE com tração 4×4 e transmissão manual
– 10% para a versão LE com tração 4×4 e transmissão automática
– 35% para a versão LE com tração 4×4 e transmissão automática completa.

A frente da Frontier nova ficou mais robusta, muito aprecida com a antiga Pathfinder e as laterais e traseira estão mais limpas, sem vincos. A fechadura da tampa da caçamba voltou, podendo ser trancada. Ainda na caçamba, na versão completa há ganchos que facilitam a amarração de cargas.

José Carlos Pontes, de Florianópolis-SC
Fotos : Divulgação

Fonte: Auto Informe