GM sem cortes na Europa. Só no México.

A General Motors voltou atrás na decisão de demitir 5 mil empregados em suas fábricas européias: de acordo com informações de agências internacionais a companhia não teria como enfrentar as indenizações. Já no México operações destinadas à produção de picapes devem sofrer severos cortes, inclusive redução de postos de trabalho.

Sindicatos europeus valorizaram a decisão e a consideraram uma boa notícia nesse momento em que a montadora enfrenta a maior crise de sua história. Algumas fábricas da GM na Europa sofrerão paradas programadas resultando em redução dos volumes projetados para este ano. Não foi descartado, contudo, o encerramento de turnos de produção em algumas unidades, como no caso de fábrica na Espanha, que pode fechar um dos turnos do Meriva por conta da antecipação do lançamento de sua nova geração.

Em Detroit, Michigan, Bob Lutz, vice-presidente da companhia, criticou a sugestão feita pelo presidente dos Estados Unidos de conceder empréstimos às montadoras. Disse que a indústria não quer dinheiro do contribuinte e que espera do governo nada mais do que sua assinatura como fiador.

No México os planos de reestruturação estão mantidos. Na segunda-feira, 1º, a GM anunciou que cortaria seiscentas vagas, ou 12% dos 5 mil empregados na fábrica de Silao. A decisão está atrelada à queda nas vendas de picapes nos Estados Unidos, o que tem obrigado à redução drástica de seus volumes. A produção diária sofreu cortes de 40 unidades/dia e hoje soma 47 unidades/dia dos modelos Chevrolet Suburban, um utilitário esportivo, das picapes Avalanche, Silverado e Sierra e do Cadillac Escalade EXT.

Da mesma forma está fazendo a Chrysler, que anunciou na terça-feira, 2, o corte de trezentos postos de trabalho, dos 1,7 mil, de sua unidade de Saltillo. Nesta fábrica são montadas as picapes Dodge Ram 1500, 2500 e 3500 destinadas aos mercados estadunidense e canadense. Mais da metade da produção da unidade é exportada.

Fonte: Boletim Autodata