Em evento de despedida de Thomas Schmall do cargo, executivo aponta que tecnologia chega em 2015
“Cheguei como alemão e saio como brasileiro”, disse o executivo de 50 anos de idade, à frente da empresa desde 2007. “Tenho 22 anos de Volkswagen, quatro na fábrica da Audi no Paraná e oito em São Bernardo do Campo. Tenho certeza de que vamos virar o jogo”, disse, lembrando os lançamentos já confirmados do Jetta, sedã que será feito em São Bernardo SP, e do Golf, em São José dos Pinhais PR. No começo de 2015, na cidade de Wolfsburg, Alemanha, sede do grupo, Schmall passa a ser responsável por Componentes no conselho de administração, onde torna-se o mais jovem executivo a assumir uma das oito cadeiras. Sucede a Werner Neubauer, que se aposenta.
Josef-Fidelis Senn, presidente da VW na Argentina, não mediu as palavras no discurso de despedida: “Você cair no meio de um cardume de tubarões.” E presenteou o colega, significativamente, com uma boleadeira, uma faca, uma cuia de chimarrão “para acalmar” e, “se não for suficiente”, uma garrafa de Angelica Zapata, vinho tinto Malbec de Mendoza, segundo Senn o preferido por Schmall.
No Brasil, o novo presidente da empresa passa a ser o sul-africano David Powels, de 52 anos de idade, até agora presidente da VW na África do Sul. Como Schmall, Powels também já teve uma passagem anterior pelo Brasil, como vice-presidente de finanças e estratégia corporativa. Sua missão não será nada fácil: o Gol pode perder a liderança depois de 27 anos como modelo mais vendido, a VW perdeu participação no mercado e o up! não traduziu sua alta qualidade como produto em números de vendas. Em seu discurso de despedida, Sérgio Reze, presidente da associação dos revendedores da marca, foi direto: “Não esqueça de sua rede de concessionários aqui no Brasil.”
Fonte: Auto Esporte