Inspeção exige reciclagem de veículos no Brasil

Guilherme Manechini e Murillo Camarotto escrevem no Valor de hoje sobre a importância de um programa de reciclagem no país como complemento ao programa de inspeção veicular. Qual, afinal, a destinação adequada dos automóveis sem condições de circular no país? Antevendo a discussão, o Ministério das Cidades, por meio do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), solicitou à Associação Brasileira de Engenharia Automotiva um estudo sobre a possibilidade de ser criado um programa nacional de reciclagem de veículos, envolvendo desde a indústria automobilística até as siderúrgicas. O Denatran não confirmou sua atuação direta no projeto, mas admitiu aos jornalistas a relevância do tema. Manechin e Camarotto lembram também que o tamanho da frota suscetível ao programa de reciclagem é desconhecido, assim como o número de veículos que realmente rodam no país. Segundo estimativas do Sindipeças a frota brasileira atual é de 33 milhões de unidades, considerando automóveis (73,3%), motos (22,1%), caminhões (3,7%) e ônibus (0,9%). A idade média da frota é de 9,1 anos e quase 12% compõe o grupo chamado “frota marginal”, onde estão os veículos com pendências de documentação, multas e falta de condições de segurança. Na teoria, seriam esses os primeiros a caírem na malha fina da inspeção e, por conseqüência, os primeiros a serem retirados de circulação com chances de irem para as prensas de reciclagem (3 de setembro).

Fonte: Automotive Business