A Adefa – associação dos fabricantes de veículos da Argentina – cancelou o Salão de Buenos Aires 2019. O evento, que sempre ocorre no frio do inverno portenho, não terá a edição do próximo ano, que já estava na agenda do calendário internacional de salões automotivos. Como já havíamos publicado anteriormente, a crise é o principal vilão do setor e o custo elevado compromete o evento.
Com a queda brusca nas vendas de veículos na Argentina, gastar com salão de automóvel se tornou algo menos prioritário no momento. A própria entidade teve dificuldade no assunto, sendo de votação apertada a decisão. Como se sabe, havia uma divisão entre as marcas sobre cancelar ou não o evento.
Tendo reunido mais de 500 mil visitantes em 2017, o evento de 2019 era esperado para revelação de mais produtos para o mercado local e Mercosul, especialmente. Porém, segundo os fabricantes de veículos, o custo para locação de um espaço no complexo de exposição do La Rural é muito elevado.
Além disso, as marcas também não podem contar com o Tecnópolis, pois este é considerado um local inviável para a mostra argentina. Mas tem mais, há também custos com a construção dos estandes e importação de carros de imagem e conceitos, afinal, as montadoras precisam chamar atenção diante da concorrência tão próxima.
Em 2017, mais de 500 mil pessoas visitaram o salão em La Rural, mas mesmo assim, pouco disso se converte em vendas, que é o objetivo final dos expositores. Por isso, o que não foi gasto no evento será revertido em ações diretas para captação de clientes. Aqui no Brasil, o Salão do Automóvel 2018 perdeu seis marcas nessa edição.
Jaguar, Peugeot, Land Rover, Citroën, Volvo e JAC. Em nível internacional, a rejeição das marcas em relação aos salões tem aumentado nos últimos anos. Isso ocorre tanto na Europa quanto nos EUA.
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