Mercado se acomoda enquanto metalúrgicos se mobilizam

Os bons resultados obtidos pela indústria automobilística mobilizam os interessados em partilhar os resultados. Foi assim com alguns estados brasileiros, que promoveram campanha para a elevação do ICMS na comercialização de veículos, vislumbrando a oportunidade de elevar a arrecadação de tributos. Houve uma imediata reação do setor automotivo, neutralizando a iniciativa. Agora chegou a vez dos empregados em montadoras e no setor de autopeças se mobilizarem para resgatar perdas salariais ou reivindicar ganhos reais. Os sindicatos dos trabalhadores lembram que houve uma elevação de produtividade e repique da inflação. Os patrões reagem alegando que não é momento para colocar em risco a competitividade do setor, que sinaliza desaceleração nas linhas de montagem com a acomodação da demanda. A campanha salarial conduziu a paralisações parciais, mas o movimento pode crescer, especialmente em São Paulo e no Paraná, onde as respostas patronais desagradaram e foram consideradas insignificantes. O movimento atinge Curitiba (Volkswagen e Renault Nissan), o ABC paulista, São José dos Campos, Indaiatuba (Toyota) e Sumaré (Honda). A Volvo negociou em separado e acertou 10,1% de reajuste, além de abono de R$ 1,5 mil (5 de setembro).
Fonte: Automotive Business