China retoma crescimento das vendas e supera 2019 com menos incentivo

China retoma crescimento das vendas e supera 2019 com menos incentivo

Fonte: Reuters / Notícias Automotivas.

O gigante acordou. Após um transe de dois meses de fechamento imposto pelo governo diante da pandemia – ainda era apenas um “surto” – de coronavírus, as vendas de carros na China voltaram a crescer e até superam os números de 2019.

Pelo quarto mês consecutivo, as vendas de automóveis sobem no gigante asiático, chegando a 2,11 milhões de veículos em julho. Apesar da baixa no acumulado do ano de 12,7%, o mês passado foi melhor que em 2019, com alta de 16,4%.

Este ano, a China já consumiu 12,37 milhões de veículos e deve fechar o ano com mais de 25 milhões de emplacamentos. A associação dos fabricantes de veículos acredita que o mercado de carros deve cair 10% este ano.

Com uma segunda onda de Covid-19, a China registraria uma queda de 20%. Outro dado que surpreende o mercado internacional é que o governo cortou subsídios para carros elétricos no ano passado e parece que as montadoras assimilaram a perda, assim como o mercado.

As vendas de carros elétricos na China devem somar 1,1 milhão em 2020, devendo registra queda de 11% em relação ao ano passado, segundo estimativas. O motivo nem é o corte nos incentivos, mas o reflexo natural da pandemia.

China retoma crescimento das vendas e supera 2019 com menos incentivo

Em julho, esse mercado teve alta de 19,3% com 98 mil emplacamentos e o primeiro sinal positivo após 12 meses de queda. Chamados “NEV´s”, os carros com bateria mostram que é possível manter as vendas sem ajuda maciça do governo.

Xu Haidong, um alto funcionário da CAAM (associação dos fabricantes chineses) disse à Reuters: “O crescimento das vendas mostra que os fabricantes e clientes do NEV estão se acostumando com a nova normalidade depois que o governo cortou os subsídios no ano passado”.

Esse “novo normal” na China pode influenciar mais adiante outros mercados, onde o volume deverá compensar os subsídios e assim o mercado caminhará com as próprias pernas.

Os fabricantes chineses não falaram sobre a tendência de crescimento das vendas relacionada com o risco de contaminação.

Dada a segurança maior dos automóveis, quem pode dispor de uma placa (caríssima) nos grandes centros, o fará certamente, a fim de evitar o transporte público.