Argentina-Brasil: Acordo de livre comércio automotivo só para 2029

Argentina-Brasil: Acordo de livre comércio automotivo só para 2029

Os governos de Brasil e Argentina fecharam um acordo de livre comércio envolvendo os carros. No entanto, este só estará vigente a partir de julho de 2029.

O acordo não prevê nenhum tipo de barreira ou volume no comércio entre os dois países, onde 40% dos negócios envolvem automóveis. Atualmente, para cada US$ 1,00 importado da Argentina, o Brasil pode enviar US$ 1,50.

Sob condição de anonimato, fontes ligadas ao governo dizem que a partir de julho de 2020, quando o atual esquema bilateral, apelidado de “flex” estará encerado (termina em junho), a relação passa a ser de 1,8 e chegará a 3,0 a partir de julho de 2028.

Em 2023, essa relação do flex passa para 1,9, pulando em 2025 para 2,0 e em 2027 para 2,5. As mesmas fontes dizem que o acordo de livre comércio com a União Europeia influenciou a decisão da Argentina de sentar na mesa de negociações para fechar um tratado com o Brasil.

A Argentina enfrenta uma grave crise econômica e seu mercado automotivo vinha despencando de forma abrupta, tanto que até o principal evento automotivo do país foi cancelado. As vendas despencaram e o país acumula queda de 45,8% até agosto, indicando que uma retomada não acontecerá tão cedo.

Argentina-Brasil: Acordo de livre comércio automotivo só para 2029

Isso porque o governo Macri introduziu um programa de incentivos para compra de carro 0 km nos últimos três meses, mas o efeito foi negativo em segurar a queda, porém, evitou que a situação ficasse ainda pior e afundasse de vez o mercado automotivo argentino.

Com a crise na Argentina, o Brasil passou a sofrer influência direta nas exportações e produção de veículos. De acordo com a Anfavea, a produção caiu 7,3% em agosto e as exportações recuaram 34,6%. O país vizinho é o principal destino dos carros brasileiros.

Dessa forma, a industria brasileira também perde com o problema argentino. Segundo a Anfavea, porém, o acordo de livre comércio com prazo de 10 anos garante previsibilidade e segurança jurídica a longo prazo.

[Fonte: Exame]

 

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