O Brexit está promovendo um êxodo histórico na indústria automotiva britânica, com fabricantes cancelando investimentos, transferindo produção e fechando fábricas, com demissão de milhares de pessoas. Apesar das nuvens negras sobre a Grã-Bretanha, a Aston Martin rema na contramão e deixa o medo do futuro de lado.
O fabricante de esportivos de Gaydon agora tem uma segunda fábrica no Reino Unido. Em St Athan, País de Gales, a Aston Martin inaugurou uma fábrica dedicada à produção do SUV esportivo DBX. O feito é significativo não só pelo produto, mas pelo contexto político atual, onde o país sofre com incertezas sobre o futuro.
O local escolhido é uma área de 90 acres que pertence originalmente ao Ministério de Defesa britânico. A Aston Martin agora segue a tendência global de ascensão dos utilitários esportivos, produzindo em Gales um carro impensável há poucos anos. Gaydon continuará responsável pelos demais carros da marca e da Lagonda.
St Athan deverá produzir anualmente 14.000 unidades do Aston Martin DBX, que por ora roda apenas camuflado, mas com as formas finais bem nítidas sob os adesivos. Andy Palmer, CEO da empresa, diz: “Este é um momento emocionante para o Aston Martin Lagonda. Nossa segunda fábrica de luxo está produzindo carros e está pronta para entrar em plena produção no primeiro semestre de 2020 “.
Com porte médio, o primeiro SUV da Aston Martin está sendo testado em estradas de Gales, no Círculo Polar Ártico e em Nürburgring. O DBX deverá utilizar um V8 de origem AMG, mas se espera por versões híbridas plug-in e também um V12 na versão mais cara, o que deve surpreender em performance com um motor tão grande para seu porte.
Obviamente com tração nas quatro rodas, o Aston Martin DBX deverá bater de frente com bólidos de alta performance e preço igualmente elevado, tais como Lamborghini Urus e Ferrari Purosangue.
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