De acordo com o jornal The Wall Street Journal, a Fiat Chrysler Automobiles teria descartado uma fusão com o grupo Peugeot Citroën (PSA). As duas empresas estavam em negociação para uma eventual união das operações, mas o negócio não seria tão vantajoso para a companhia ítalo-americana.
Pessoas próximas ao assunto, teriam reportado que FCA e PSA deixaram de conversar sobre uma fusão e que o negócio não teria agradado a FCA, porque o grupo francês estaria interessado somente na transferência de ações da empresa e não em pagamento de um montante em dinheiro, como quer a família Agnelli, controladora da Fiat Chrysler.
O problema nesse caso é que a PSA não pode descapitalizar-se por conta das dívidas contraídas com a aquisição da Opel-Vauxhall. Por isso, a oferta de ações seria o único recurso para fundir-se com a FCA. Mike Manley, CEO da montadora sediada na Holanda, disse que não se opõe a qualquer negócio que torne a empresa mais forte.
Porém, a decisão nesse caso cabe à família Agnelli, que é a controladora da empresa. Analistas de mercado dizem que a FCA teria vantagens em uma fusão com a PSA, pelo menos em termos de volume. Isso significaria que ambas alcançariam em torno de 9 milhões de carros vendidos ao ano, um montante que permite bater de frente com os grandes players.
Mas para isso, diversas operações teriam que passar por fortes cortes de custos, especialmente nos EUA, onde a PSA poderia dispor de uma ampla de rede de concessionários em seu retorno ao mercado americano, mas isso só está previsto para 2026 de forma ampla.
Sem a PSA, a FCA continuará sua busca por um sócio que eleve a montadora para um nível acima. Negociações anteriores com a Hyundai não decolaram após a morte de Sérgio Marchionne. No grupo francês, o alvo agora pode ser a Jaguar Land Rover, que está em dificuldades e poderia ser resgatado por uma gestão melhor liderada por Carlos Tavares.
[Fonte: WSJ]
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