As milhões de bugigangas que a gente compra na China precisam chegar em casa de algum jeito, certo? Os Correios não estão mais dando conta da tarefa e as empresas tradicionais de logística têm custos elevados de operação.
Isso motivou a Renault a apresentar uma proposta de veículo autônomo e elétrico de delivery, assim como o veículo autônomo de entregas feito pela Toyota?
Durante o Salão de Hannover a empresa mostrou o modelo autônomo, 100% elétrico, robótico e compartilhável chamado EZ-PRO.
O Renault EZ-PRO lembra um contêiner, assim como o Toyota e-Palette, e possui até uma opção com atendente humano, como um gerenciador, chamado concierge.
Este supervisionará as entregas e o itinerário da frota, além de fazer entregas premium pessoalmente, com atendimento personalizado.
Os carros podem fazer delivery de diferentes tipos de mercadorias e devem ter seu próprio “caixa”, para receber os pagamentos feitos na hora pelo cliente no momento da entrega.
O fato de serem compartilhados faz com que eles possam também fazer, por exemplo, entregas de diferentes tipos de negócio. Ou seja, conseguem reduzir custos atendendo comércios de ramos diferentes ou até de concorrentes.
Além disso, os destinatários poderão escolher o horário e o local da entrega. Eles também poderão escolher receber o pacote pelo concierge ou acessar uma espécie de armário de autoatendimento nos autônomos. Esta opção está sempre disponível, em qualquer dia e horário, e pode ser aberta pelo destinatário através de um aplicativo.
Nesse caso, bastaria ao recebedor abrir o carro e pegar ele mesmo sua encomenda.
O objetivo da Renault com o EZ-PRO é, principalmente, reduzir a quantidade de carros nas ruas, para amenizar o trânsito e a emissão de poluentes.
Mas o que isso tem a ver com Black Mirror? A quarta temporada da série trouxe à tona a polêmica envolvendo acidentes com carros autônomos. No terceiro episódio, chamado Crocodille, há um atropelamento com este tipo de veículo.
No seriado, o serviço de entregas totalmente autônomas é uma realidade. E funcionava bem, pelo menos até a cena em que, sem dúvida, é uma espécie de crítica a um possível futuro do e-commerce.
