Elon Musk deve estar rindo à toa: recém-lançado na Europa, o Tesla Model 3 já se tornou o veículo elétrico (VE) mais vendido no continente e ainda deixou para trás os maiores rivais locais no segmento de sedãs compactos-médios, inclusive os movidos a gasolina.
Os números de fevereiro acabam de ser divulgados pela consultoria JATO Dynamics, e mostram que o Model 3 — primeiro carro fabricado em grande escala pela Tesla — emplacou 3.630 unidades no mês passado, por ora vendido apenas na Alemanha, na Suíça e na Noruega (que parece ter respondido por grande parte das vendas).
Ultrapassou, com facilidade, elétricos como o Renault Zoe (2.884 vendas) e o renovado Nissan Leaf (2.333). O quarto lugar ficou com o BMW i3 (2.021 unidades).
Mas a façanha do sedã californiano foi além: no ranking geral de emplacamentos, o Model 3 derrotou a trinca dourada do segmento, superando Audi A3, Mercedes-Benz Classe C e BMW Série 3, todos esses com propulsão convencional.
Embora o mercado automotivo europeu esteja experimentando uma retração, os emplacamentos de sedãs fugiram à tendência e cresceram 7% em fevereiro, para cerca de 11.800 unidades. Ou seja, o Model 3, vendido por cerca de US$ 72 mil (o dobro do preço nos Estados Unidos), já conquistou nada menos que 30% do segmento.
O bom desempenho da Tesla na Europa acontece em meio a um crescimento nas vendas de carros elétricos na comparação ano a ano. Em relação a fevereiro de 2018, os números do mês passado praticamente dobraram, chegando perto de 20 mil VEs. Segundo o relatório da JATO, há 28 VEs disponíveis na Europa, ante 24 modelos vendidos um ano atrás.
Vale citar que analistas já preveem queda nas vendas dos Model S e X na Europa, como consequência direta do crescimento do 3. A canibalização dentro da linha Tesla era prevista para a chegada do Model Y, crossover baseado no 3, mas parece já ter começado.
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