O Uber continua diversificando suas atividades. O famoso aplicativo de transporte pessoal agora vai apostar em scooters elétricas (foto de modelo chinês batizado de “Uber”) para ampliar a mobilidade urbana, iniciando pelos EUA. Há alguns meses, a empresa adquiriu a startup Jump por US$ 200 milhões. Esta pequena iniciativa no segmento será o fabricante das motonetas, que o app pretende oferecer a partir de São Francisco, Califórnia.
Sediado nessa cidade, o novo negócio do Uber busca a aprovação municipal para testar seus veículos e tecnologia de compartilhamento, mas a companhia não é exclusiva. As empresas Skip e Scoot já conseguiram permissão da administração da metrópole californiana para projetos-piloto envolvendo scooters elétricas.
Além disso, o mercado americano ainda possui mais concorrentes do Uber, como Bird, Lime e Spin, que já deixaram São Francisco após testes. Santa Mônica é outra importante cidade da Califórnia que abraçou as startups de scooters elétricas, concedendo 16 meses de testes legais na região. No caso do Uber, sua plataforma em forma de app deve garantir a interação com os serviços de transporte já conhecidos (foto abaixo, serviço de entrega de comida do Uber).
Porém, o Uber pode estar se metendo em um negócio de risco, pois mesmo nos EUA, existe a polêmica sobre o compartilhamento de certos veículos sem pontos fixos de retirada e entrega. Lá na “América”, o vandalismo e o furto de scooters e bicicletas elétricas que podem ser deixadas em qualquer lugar não é algo raro.
Além disso, os usuários deixam-nas em qualquer lugar, mesmo na porta de estabelecimentos comerciais e garagens, atrapalhando tanto o trânsito de pedestres quanto o de carros. Aqui em São Paulo, por exemplo, o serviço da Yellow mostra bem como esse tipo de negócio é arriscada, com muitas bicicletas roubadas ou destruídas por mau uso.
Mesmo os carros de compartilhamento na Europa, por exemplo, na estão livres da ação de bandidos ou maus usuários. Mas, para o Uber, se os fins justificam os meios, então provavelmente esse custo adicional já foi colocado na ponta do lápis.
[Fonte: Bloomberg]
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