O próximo compacto da Chevrolet


Este é o hatch do projeto Viva, que chega em 2009. Conceito estará no Salão

Daniel Messeder

Que a Chevrolet prepara um novo compacto para enfrentar o VW Fox, muita gente sabia. Mas até agora a única informação a respeito desse carro era o nome do projeto: Viva. Isso o presidente da GM do Brasil, o colombiano Jaime Ardilla, já havia confirmado em uma entrevista coletiva durante o Salão de Detroit, no começo do ano. Na ocasião, ele declarou que a novidade chegará ao mercado em meados de 2009, com produção em São Caetano do Sul (SP) e Rosário, na Argentina. A marca, inclusive, anunciou um investimento de US$ 500 milhões para a produção do modelo e ampliação do setor de engenharia da filial brasileira.

Em primeira mão, Autoesporte revela com exclusividade as primeiras projeções do hatch, feitas com base em informações de fornecedores. E também contamos os detalhes do projeto. O Viva está para a Chevrolet assim como o Sandero está para a Renault. Como o Corsa de nova geração ficaria caro demais por aqui, a GM partiu para uma solução local, mais apropriada ao nosso mercado. Foi a mesma decisão tomada pela Renault ao optar pelo Sandero em vez do novo Clio.

As semelhanças entre os dois projetos não páram por aí: assim como o Renault, o Viva será um “compacto nem tão compacto”, com ênfase no espaço interno. Terá cerca de 4 m de comprimento e 1,70 m de largura, além do teto elevado. A missão, como já era sabido, será combater o VW Fox. De quebra, ele também vai enfrentar o Sandero e, ao menos em tamanho, o Fiat Punto.

Esse porte superior do Viva permitirá que o Corsa siga no mercado. Uma fonte da GM jura de pés juntos que o carro não sai de linha com a chegada do novo compacto. Para entender o raciocínio dos homens de marketing da Chevrolet, pense no que a Fiat faz com Uno, Palio e Punto. Assim será com Celta, Corsa e Viva. O novo carro deverá usar somente motores 1.4 e 1.8, deixando o 1.0 para Celta e Corsa — até porque o “mil” seria pouco para o tamanho do carro e os 1.4 vêm ganhando força no mercado. O preço da versão de entrada tende a regular com o do Fox 1.6 básico, hoje na faixa dos R$ 37 mil.

O Viva é, a rigor, o último projeto de carro compacto do grupo GM desenvolvido no Brasil. Isso porque ele foi defindo antes de a GM brasileira ter sido escolhida como pólo de desenvolvimento de picapes médias. Os compactos ficaram para a Coréia do Sul, por meio da Daewoo. Mas nem por isso os designers brasileiros, chefiados pelo mexicano Carlos Barba, deixaram de caprichar. Segundo relataram nossas fontes, o Viva aproveita muitos elementos de design do novo Corsa europeu, mas a equipe de design brasileira também deu uma olhada no portfólio da empresa nos Estados Unidos. Foi de lá que veio a idéia da dianteira, mais precisamente do sedã Malibu. O Viva será o primeiro modelo brasileiro a usar o novo estilo frontal da Chevrolet mundial, com uma faixa na cor do carro dividindo a grade em duas. A dianteira é alta e os faróis seguem os moldes da linha Opel européia.

Na traseira, o Viva mistura elementos do Vectra GT e do Nissan Tiida, com as lanternas posicionadas na extremidade da carroceria e a parte superior delas invadindo a lateral. A lente será vermelha, com o centro transparente, onde ficam as luzes de seta e da ré. A placa fica no pára-choque, como no Corsa de nova geração, de quem o Viva herdou também outros traços na parte de trás.

O painel também será um ponto forte do hatch. “É bem diferente do padrão GM, com muitos instrumentos digitais. A parte central e o rádio lembram bastante o novo Fiesta europeu”, revela um fornecedor.

O hatch é somente o primeiro fruto do projeto Viva. O segundo está confirmado: será uma picape de porte superior ao da Montana, podendo até aposentar a S10 cabine simples. O nome mais provável do modelo é Ventana, já registrado pela Chevrolet.

A primeira aparição pública do hatch acontecerá no Salão do Automóvel, em outubro, na forma do Viva Concept. Hoje, o editor Alexandre Caravalho viu o modelo, que estava presente n
Fonte: Auto Esporte