O último, e mais lúdico, salão do ano

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Último do ano na lista de 23 salões do calendário 2008 da Oica, a organização mundial dos fabricantes de veículos, o Bologna Motor Show tem poucos lançamentos internacionais a mostrar. A maioria dos automóveis expostos já foi apresentada à imprensa e ao público, e o curioso é que muitos deles devem ter passado antes pela região de Bolonha, coração do Vale Automotivo Italiano, onde estão instaladas trezentas empresas de engenharia que juntas faturam € 5 bilhões por ano.

A cada ano os organizadores precisam ser criativos para chamar a atenção. E são. Se perde em lançamentos sobram interessantes novidades tecnológicas e de marketing em Bolonha, no que se pode chamar de salão mais lúdico do mundo – isso sem mencionar a famosa gastronomia local.

Ao lado de boa comida e de automóveis, expostos em área de 140 mil m2 em dez pavilhões cobertos do Bologna Fiere, existem ainda onze áreas descobertas, que somam 90 mil m2, onde catorze montadoras e dois sistemistas promovem testes de diversos tipos. Assim o público vê e prova muitos dos veículos expostos – em 2007 foram feitos mais de 57 mil test drives.

Não é só: integrado aos pavilhões de exposição foi erguido o Motorsport Stadium, arena de 40 mil m2 para a realização de mais de trinta competições de velocidade, rali, shows automobilísticos e outros test drives, em sete circuitos diferentes.

Outra idéia criativa deste ano é o Innovation Cube, Cubo da Inovação, um pavilhão inteiro reservado exclusivamente à demonstração de diversas tecnologias desenvolvidas por construtores, sistemistas e centros de pesquisa italianos. O objetivo é dar maior publicidade ao intenso desenvolvimento tecnológico patrocinado pelas empresas do setor automotivo, com inovações em design, conectividade, segurança e proteção ao meio ambiente que podem ficar perdidas em meio aos muitos estandes da exposição.

Sobre proteção ao meio ambiente, assunto constante em todos os salões de automóveis de alguns anos para cá, não faltam em Bolonha carros elétricos e híbridos, modelos multicombustível movidos a gás, gasolina, álcool ou mesmo os três, além de sistemas para diminuição de consumo, como o já conhecido start stop, que desliga o motor no trânsito parado. Há ainda um espaço exclusivo, denominado EcoCity, dedicado a empresas que trabalham no desenvolvimento de combustíveis alternativos ao petróleo, menos poluentes.

Investimento – Armar toda a infra-estrutura desse circo automobilístico custou € 7 milhões, de acordo com a Promotor International. Mas ficou ainda mais caro chamar a atenção para tudo isso: foram gastos € 10 milhões em ações publicitárias, que incluem não só anúncios em veículos de comunicação como também na propagação do salão em redes sociais da internet, como a Face Book e Twiter, e contratação de três escritórios de relações públicas.

O Bologna Motor Show 2008 chega à sua trigésima-terceira edição com 320 expositores, 74 deles de fora da Itália, vindos de dezenove países. Os chineses, presentes em quase todas as grandes mostras internacionais de veículos, desta vez foram representados por DR e Martin Motors, que mostraram pouca diversidade e nenhuma atração. Os indianos Mahindra e Tata representaram melhor as forças emergentes, ambos com novidades.

Ao todo estão à mostra 52 marcas de veículos que este ano devem receber os olhares de mais de 1 milhão de visitantes a partir de sexta-feira, 5, quando o salão abre para o público até 14 de dezembro.

Novidades – Mesmo espremido no fim do ano o Bologna Motor Show consegue atrair visitantes. Claro que também há apresentações de novos modelos e as empresas presentes garantem que trouxeram cem novidades para a Itália, mas apenas sete são lançamentos mundiais, outros nove europeus – e poucos são relevantes.

A maior novidade de Bolonha, ainda sem passagem por salões anteriores, foi trazida pela Volkswagen, que montou o maior estande do salão e lançou o Golf Plus, a versão minivan da família, com altura de teto maior e ganho de conforto interno. Externamente as lanternas e farói
Fonte: Boletim Autodata