Pesquisa da UFCG afirma que horário que o veículo é abastecido influencia perda de combustível

Uma pesquisa que foi realizado dentro da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) mostra que o horário em que as pessoas vão até o posto para abastecer o seu veículo pode acabar fazendo a diferença em relação as perdas de combustível. Essas perdas basicamente estão relacionadas ao combustível que saem das bombas e que efetivamente conseguem chegar até o tanque de combustíveis.

Pesquisa da UFCG afirma que horário que o veículo é abastecido influencia perda de combustível

De acordo com as conclusões do estudo que foi feito pela Universidade, as pessoas que abastecem nos horários mais quentes do dia acabam perdendo quantidade real de combustível. E a culpa não é do frentista e nem da bomba, mas sim da temperatura do dia no momento de abastecer.

Os estudos foram realizados no laboratório experimental do curso de Engenharia Mecânica da UFCG, que é responsável pelos testes de qualidade dos combustíveis vendidos na região de Campina Grande e Sertão da Paraíba.

A pesquisa mostra que a temperatura acaba interferindo diretamente na quantidade real do combustível.  Os testes acabaram sendo feitos com amostras de gasolina e álcool colhidas em postos de combustíveis em horários diferentes, sendo que uma coleta foi realizada entre 12h e 14h e outra após as 19h.

Pesquisa da UFCG afirma que horário que o veículo é abastecido influencia perda de combustível

“Realizamos coleta do litro de gasolina e etanol, verificamos a temperatura do ambiente e a temperatura do combustível. Depois, com um densímetro fizemos a leitura da massa específica”, disse o engenheiro mecânico João Manoel Oliveira.

O resultado mostra que abastecer o veículo nos horários mais quentes do dia pode acabar causando perdas de quase 400 ml a cada 50 litros de gasolina. No caso do álcool, a perda acaba sendo um pouco menor, cerca de 250 ml a cada 50 litros do combustível. Portanto, em ambos os casos é mais recomendado que as pessoas escolham os horários menos quentes do dia para abastecer.

O doutor em engenharia mecânica Marcelo Grilo, responsável pela pesquisa, explica que quando o combustível está quente o volume de combustível que vai passar pela bomba será sempre o mesmo, mas o peso diminui. Ele afirma também que o mais correto seria vender a massa do combustível, por kg, assim como acontece com o botijão de gás, por exemplo.