Porsche Boxster Spyder: volte para a luz


Aceleramos a versão de 324 cavalos do roadster nas estradas da Califórnia

Karl Funke, da New York Syndicate

Não poderia haver um cenário melhor para dirigir um novo esportivo conversível do que os morros do norte da Califórnia – talvez alguns tão bons quanto, mas nenhum melhor. Tudo bem, pode ser um pouco gelado em dezembro, mas desde que o sol esteja brilhando e você se lembre de levar um cachecol e luvas de pilotagem (atenciosamente fornecidas pela Porsche), a sensação não pode ser descrita como algo menos que eufórica.

É aqui onde nos encontramos, no Vale Carmel nas cercanias de Monterey, atrás do volante do novo Boxster Spyder 2011, uma versão nova e mais leve do dois-lugares sem capota. E o Porsche Spyder realmente foi feito para andar sem capota. Na verdade, ele vem com a capota – construída principalmente com uma pele de tecido, chamada pela empresa de “vela de sol”, que se estica por sobre uma armação leve de carbono dobrável manualmente. Mas não há funcionamento automático, peças que funcionam sozinhas. Se começar a chover no meio do passeio, é melhor você ter praticado bem o procedimento de cobertura, porque você precisará realmente sair do carro e executá-lo por si mesmo.

Nas curvas sinuosas das estradas da Califórnia o Boxster Spyder mostrou o bom acerto da suspensão mais firme que a das demais versõesLeia mais

E é esse o espírito da coisa. O Spyder foi pensado como um carro mais puro e minimalista. Além de economizar peso, a capota, juntamente com janelas laterais mais baixas e leves, melhora a dinâmica de dirigibilidade ao rebaixar o centro de gravidade e reduzir o ângulo de rolagem. Outras adições de pouco peso – substituições, na verdade – incluem portas de alumínio (com alças do lado de dentro em vez dos tradicionais comandos de abertura em forma de alavanca) e um fantástico capô em peça única de alumínio cobrindo o motor, além de rodas mais leves de dez aros e um incrível par de bancos concha com estrutura de carbono. As subtrações incluem a eliminação dos sistemas de som e ar-condicionado na configuração padrão, embora ambos possam ser colocados de volta como um opcional gratuito se você preferir.

As mudanças correspondem a uma economia de 79 kg em relação ao Boxster S quando ambos os carros são equipados com transmissão manual. Assim como no S, o câmbio manual de seis marchas é padrão no Spyder. A transmissão com caixa seqüencial PDK e embreagem dupla também está disponível como opcional e acrescenta uns 12 kg – ainda deixando o Spyder uns bons 67 kg mais leve do que o S manual. O Spyder é agora o mais potente carro na linha Boxster, empurrando cerca de 10 cavalos a mais do que o S para um total de 324,5 cavalos. Então, em sua forma mais espartana, o Boxster Spyder obtém uma relação peso/potência de menos de 4 kg/cv, uma marca melhor até mesmo que o 911 Carrera S, o que é significativo.

Por dentro, a economia de peso inclui alças de tecido no lugar das maçanetas e banco com estrutura de fibra de carbono
Quer dizer que ele é rápido. Ainda mais incrível é sua agilidade, mudando de direção e entrando ou saindo de curvas com muito entusiasmo. Mas o mais fantástico é a sensação ao dirigi-lo, principalmente devido à direção e à suspensão. Pequenas mudanças foram feitas por baixo do carro, incluindo molas mais curtas e rígidas para que ele fique mais de meio centímetro mais baixo do que o S, bem como amortecedores mais firmes e barras antirrolamento “modificadas” na frente e na traseira. A bitola também é ligeiramente mais larga, em 4 mm na frente e 8 mm atrás. E as rodas leves oferecem menos peso para maior precisão da direção.

Levando tudo isso em conta, o Boxster Spyder oferece muitas melhorias sutis que resultam em uma experiência de direção muito diferente no geral. Eu não quero dizer que seja melhor do que o S, apenas muito diferente. Não será um Boxster para todos, mas se você for entusiasta de pilotagem e fã da Porsche, você provavelmente precisa conferir o resultado.
Acelerando por pistas sinuosas no interior do norte
Fonte: Auto Esporte