Preço estável garante vendas aquecidas

                                             Agência AutoInforme

A s vendas de veículos no mercado interno – que vêm batendo recordes mês a mês este ano – podem aumentar ainda mais agora em dezembro. É que os preços estão estáveis, o que estimula o consumidor a ir às compras. Com isso, pode até crescer neste final de ano as dificuldades das montadoras em abastecer adequadamente o mercado.

Estudo da Agência AutoInforme, que acompanha a evolução mensal do preço do zero-quilômetro com base na cotação da Molicar, apurou que o preço ficou estável em novembro, com a insignificante alta de 0,03%.

No acumulado de janeiro a novembro o índice é positivo em 2,60%, abaixo, portanto, da inflação medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) da Fundação Getúlio Vargas, que registrou aumento de 3,23% no período.

Varejo – As vendas de veículos novos no mercado interno totalizaram 225.779 unidades em novembro, com queda de 3% em relação a outubro. Esse resultado, no entanto, não significa desaquecimento. É que o mês passado teve dois dias úteis a menos que o mês anterior. Na verdade, houve alta na média das vendas diárias, que ficaram em 11.289 unidades, contra as 10.582 de outubro. Foi mais um desempenho inédito na história do setor.

Dezembro não só tende a bater novos recordes, como deve surpreender até mesmo os mais otimistas. Razões para isso não faltam. Além dos preços estáveis, a conjuntura é totalmente favorável: forte concorrência entre montadoras, muitas promoções, taxas de juros reduzidas e maior prazo de financiamento. Além disso o dinheiro extra do 13º salário é uma potente injeção de “ânimo” no mercado, grande parte dele tradicionalmente dedicado à compra de um carro novo.

Variação – Na média, o preço do carro zero subiu 0,03% em novembro. Mas o comportamento entre as montadoras não foi homogêneo, visto que algumas marcas tiveram altas bem elevadas. A maior foi dos veículos da Ford, que ficaram 1,78% mais caros. Em seguida vieram os da Kia, com mais 1,15% e os da Fiat, que subiram 0,85%.

Os importados esportivos Maserati e Porsche foram os que apresentaram as quedas mais expressivas no mês: 5,22% e 2,45%, respectivamente. Os preços dos carros da Renault (-1,70%) e da Toyota (-1,40%) também sofreram redução.

Diferentes – Por modelo, a maior alta foi do Siena, da Fiat: a versão HLX 1.8 Fire Flex subiu 7,86%. Em outubro o carro foi cotado pela Molicar por R$ 38,8 mil e no mês passado fechou por R$ 41.850. O preço da versão Tetrafuel 1.4 subiu de R$ 41,8 mil para R$ 44.960, alta de 7,56%.

O C5 3.0 V6 da Citroën subiu 6,92%. O preço foi de R$ 130 mil para R$ 139 mil. E o EcoSport XLT 2.0 automático, da Ford, teve o preço aumentado de R$ 59 mil para R$ 63 mil, alta de 6,78%.

Balanço – A líder do mercado, a Fiat, fechou novembro com vendas 1,78% abaixo do mês anterior, quer dizer, caiu menos do que a média do mercado.

A Volkswagen vendeu apenas 2,71% a menos e, portanto, também cresceu em participação: foram 51.797 ante 53.239 de outubro. A maior queda entre as quatro grandes ficou com a General Motors, que teve os modelos Vectra, Meriva, Corsa e Astra com comercialização bem abaixo da média. A GM fechou o mês com 45.603 unidades emplacadas internamente.

A Kia foi a marca que mais cresceu no mês, um aumento de 40,31% em relação a outubro. Das quatro grandes apenas a Ford aumentou as vendas no mês.

Por modelo – Somente em novembro o Renault Logan vendeu quase a metade do que havia comercializado nos três meses anteriores. Foram 3.461 unidades, ante um total de 7.561 no período de agosto a outubro. Ele chegou às concessionárias em 17 de julho e seu primeiro mês cheio de vendas foi agosto, quando foram vendidas 2.114 unidades.

Em outubro o Logan foi o 23º colocado no ranking nacional e no mês passado ficou em 14º lugar, com crescimento de 43,73%. Um excelente desempenho, considerando que o mercado como um todo teve queda de 3%.

Volkswagen Gol e Fiat Palio, os dois mais vendidos, tiveram uma queda em novembro de 5,96% e 7,65% respectivamente, mas
Fonte: Diário do Comércio