Do Diário do Grande ABC
O boom nas vendas de carros zero quilômetro neste ano influenciou de maneira positiva a comercialização de usados e seminovos. Isso porque o usado serve como entrada na aquisição de um modelo do ano. Segundo a Assovesp (Associação dos Revendedores dos Veículos Automotores de São Paulo), em novembro, 61% dos negócios fechados foram para troca.
“Se aumenta a procura por carros novos, aumenta a busca por usados também”, diz o presidente da associação George Chahade.
O pesquisador do Instituto Fernand Braudel, Nilson Vieira Oliveira, vai mais longe. “O carro sempre foi um sonho de consumo. Quem está comprando um carro novo entrega o usado como forma de pagamento ou vende o usado”, afirma.
“As revendedoras que aceitam o usado precisam vender porque carro parado é prejuízo”. As promoções com redução de juros, transferência da documentação gratuita, entre outras, estimulam o cliente. Até novembro deste ano, foram vendidos 54.699 carros zero quilômetro, contra 291.693 usados.
PREFERÊNCIA “Muitos clientes preferem ter um seminovo completo a um zero quilômetro basicão. Com o valor de um novo, é possível encontrar veículos usados em ótimo e acessórios”, conta o proprietário da revendedora multimarcas Auto Casell, Valdir Caselato. Segundo ele, a diferença de dois a três anos na fabricação de um carro pode equivaler ao ar condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas.
É o caso do analista de sistemas Sérgio Luiz Florêncio, 39 anos, que nesta semana comprou um Meriva 2003 na Casell. “Gosto de carros equipados e com o que eu pagaria em zero invisto no meu conforto”, conta. O veículo tem ar condicionado e direção hidráulica. Também o vendedor Marco Aurélio Dantas, 32 anos, não pensou duas vezes antes de comprar o Gol Power 2002 há 20 dias na Diauto. “As taxas de juros dos seminovos são muito atraentes e eu consegui dar uma boa entrada”, conta.
Fonte: Diário do Grande ABC
