À venda: um Chevrolet Chevette 1987 com menos de 10 mil km rodados

Chevette SE 1987 parece que saiu de concessionária (Foto: Reprodução)

 

Comprar um Chevrolet Chevette seminovo pode parecer uma tarefa impossível, uma vez que o modelo saiu de linha em 1993. Mas encontramos um modelo 1987 com apenas 9.709 km rodados e carinha que acabou de sair da fábrica. Anunciado em Esmeraldas, interior de Minas Gerais, o Chevy está à venda por R$ 36 mil.

A carinha de quem acabou de sair da concessionária ajuda a justificar o preço elevado. Como foi produzido há mais de 30 anos, o carro já vem com a placa preta e parece estar bem original.

O motor 1.6 ainda não era o 1.6/S aplicado nos Chevette posteriores e rende apenas 73 cv e 10,8 kgfm de torque, rendimento de um recatado 1.0 atual. O desempenho também lembra os populares, o zero a 100 km/h era cumprido na casa dos 15 segundos.

Chevette SE vem com o último facelift do Chevette (Foto: Reprodução)

 

Porém, o grande lance do Chevette nunca foram os números frios de desempenho ou potência. O Chevrolet é mais conhecido pela capacidade de gerar sensações boas ao volante, graças ao câmbio direto e à mão, além da tração traseira e entre-eixos curtinho (2,39 metros).

Embora não seja tão valorizado pelos entusiastas quanto o Chevette dos anos 1970, o modelo SE tem o seu charme. Ele vem com o último facelift feito na linha 1987, quando o carro recebeu um estilo inspirado no mais caro Monza. Se você quiser ter uma impressão de como era essa época do lançamento, não deixe de assistir o comercial abaixo.

A inspiração no médio fica clara em detalhes como a grade e para-choques mais integrados ao desenho, além dos retrovisores aerodinâmicos. As calotas de plástico e o painel traseiro pintado de preto dão aquele toque oitentista.

O interior também ficou mais refinado, especialmente na versão SE anunciada. Os bancos com enormes encostos de cabeça são revestidos por tecido aveludado, tal como as laterais da cabine.

O interior também foi retocado e os estofamentos parecem perfeitos (Foto: Reprodução)

 

De dar inveja, a conservação inclui selos originais, além de um cofre do motor dos mais limpos. Até o porta-malas parece em perfeita ordem e traz o estepe bem acondicionado na lateral.

A lista de itens não faz frente aos modelos mais modernos, este Chevette é da época que era normal ter alavancas no lugar de vidros elétricos e direção sem assistência hidráulica. Mas há equipamentos como travas elétricas e rádio.

Banco traseiro não tinha muito espaço, mas com esse revestimento parece muito acolhedor (Foto: Reprodução)

 

Igualmente simples, o painel não tem conta-giros e traz apenas o termômetro e um relógio digital de cristal líquido, tecnologia digna de ser mencionada naquela época. Qualquer crítica se desvanece diante do número exibido no hodômetro, apenas 9.709 km.

Isso não será impedimento para aqueles que tratariam o carro como uma cápsula do tempo. Estou falando do povo entusiasta que enfrenta o calor com o quebra-vento aberto. Quem sabe o futuro comprador não dá a sorte de ouvir Walk like an egyptian do The Bangles neste mesmo radinho, a música mais tocada de 1987?

Motor 1.6 não chega a ser tão forte quanto o 1.6/S, mas o cofre está lindo (Foto: Reprodução)