Setor automotivo leva 53% dos incentivos

Matéria de capa no Estadão de hoje, assinada por Marcelo Rehder, mostra que dos R$ 6,1 bilhões em desonerações fiscais previstas para estimular os investimentos dos diversos setores da indústria até 2011, as montadoras e os fabricantes de autopeças vão ficar com R$ 3,2 bilhões (52,8% dos subsídios). Para o economista Júlio Sérgio Gomes de Almeida, assessor do Iedi e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, não é justificável uma concentração tão significativa dos incentivos em um único setor. Para ele a nova medida de desoneração fiscal capaz de dar um relevante impulso adicional ao investimento é a depreciação de máquinas e equipamentos em 20% do prazo normal. O problema é que ela foi limitada à compra de máquinas e equipamentos para a fabricação apenas de bens de capital, automóveis e autopeças. Só com esse incentivo às montadoras e fabricantes de autopeças a renúncia fiscal atingirá R$ 3 bilhões até 2010. As montadoras ganharam mais prazo para recolher o IPI, de 10 para 30 dias – um incentivo de R$ 200 milhões em 2008 (29 de maio).

Fonte: Automotive Business