Peugeot-Citroën traz plataforma global para fazer novos carros no Brasil

Novo Citroën Aircross está registrado no Brasil, mas a nova família Smart Car deverá ser inédita
Foto: Internet

O grupo PSA – dona de Peugeot e Citröen – anunciou um investimento de R$ 220 milhões para modernizar a fábrica de Porto Real (RJ) e produzir novos modelos.

Como já dissemos no início de 2019, a empresa prepara uma família de compactos inédita para o Brasil. Ela ficará abaixo das novas gerações de Peugeot 208 e 2008, que se tornarão argentinos.

Novo Peugeot 208 será feito na Argentina a partir de 2020
Foto: Peugeot

Os veículos mais modernos serão feitos sobre a plataforma modular CMP, enquanto modelos atuais, caso do Citroën C4 Cactus, que deverão continuar em produção, utilizam a antiga base BVH1.

“Com o lançamento futuro de novos veículos baseados na CMP, a fábrica de Porto Real demonstrará sua flexibilidade ao produzir, simultaneamente, e na mesma linha de produção, modelos daquela plataforma e da atual, a BVH1”, diz o comunicado oficial.

SUV 2008 também terá produção transferida para a Argentina
Foto: Peugeot

Ainda não há confirmação de qual marca será utilizada nos carros de entrada, mas a família se tem o nome provisório smart car e deve ser formada por um hatch de entrada, um sedã compacto e um SUV.

Dentro da nova estratégia de posicionamento das duas marcas da PSA operantes no país, faria sentido pensar num mercado com um hatch da Citroën feito em Porto Real posicionado abaixo do 208 argentino. Vale lembrar que a Citröen só lançou o C4 Cactus no Brasil desde meados do ano passado.

O sedã deve atuar no segmento de compactos premium, concorrendo com Chevrolet Onix Plus, Hyundai HB20S, VW Virtus, Fiat Cronos, o futuro Nissan Versa e afins. Se será Citroën ou Peugeot, ainda não se sabe.

Quanto ao posicionamento do SUV, ainda há um grande mistério em relação ao posicionamento frente ao atual C4 Cactus, mas é certo que ele deve ficar abaixo do futuro 2008 em preços.

Para implementar as mudanças na linha de montagem fluminense, que incluem novas máquinas para estamparia e automatização de pintura e montagem, a unidade ficará fechada a partir de o início do mês de novembro deste ano até janeiro de 2020.

O primeiro produto brasileiro com a base CMP, porém, deve ganhar vida apenas em 2021.