Teste CARPLACE: Afinal, como anda e quanto bebe a Fiat Toro 1.8 Flex?

  Por: Daniel MessederQue a Toro a diesel é legal a gente já imaginava antes mesmo de dirigi-la. Ainda mais na versão topo de linha, que utiliza um câmbio automático de última geração nove marchas aliado ao motor 2.0 turbo. A questão é que a maioria das vendas da picape está concentrada na versão, digamos, mais modesta: equipada com uma configuração inédita do motor 1.8 E.TorQ, de 139 cv e 19,3 kgfm, a Toro Flex estreia sob a pressão de mostrar que ela pode ser agradável de conduzir e não exagerar no consumo – algo que o primo Jeep Renegade fica devendo em sua versão 1.8 automática.Confesso que fiquei um pouco cismado sobre a decisão da Fiat de só oferecer, ao menos de início, o motor 1.8 somente associado ao câmbio automático de seis marchas. Isso porque, em todos os testes com o Renegade com esse conjunto, sentimos falta de fôlego e registramos excesso de “sede”. Mas a marca italiana diz ter investido no bom entendimento entre motor e câmbio, apostando que o cliente que gasta cerca de R$ 80 mil num carro deseja a comodidade de não precisar trocar de marcha. Além disso, serve como mais um diferencial em relação à concorrente mais próxima, a Renault Duster Oroch, que por enquanto só é vendida com câmbio manual.Após algumas andanças no evento de lançamento, agora chegou a hora de passarmos mais tempo com a Toro Flex, rodar na cidade, pegar uma estrada e, claro, realizar nossas medições de desempenho e consumo. Para tanto recebemos uma Toro Freedom equipada com uma série de opcionais: rodas de liga aro 17&8243;, faróis de neblina, central multimídia UConnect de 5&8243; com GPS, rack de teto, ar digital de duas zonas, capota marítima, sensores de chuva e iluminação, retrovisor eletrocrômico e alarme, entre outros itens, que elevam o preço básico de R$ 78.700 para R$ 88.322 – se optar pela pintura prata igual à das fotos, chegamos a R$ 89.790.Antes de falarmos sobre desempenho, uma ressalva: logo no primeiro dia de avaliação, a chave da Toro teimou em não sair do contato. Pesquisamos na internet e descobrimos que o problema vem aparecendo em diversos Renegade e, inclusive, as concessionárias Jeep já estão cientes. Há até um “procedimento” que circula nos fóruns no qual o motorista deve primeiro puxar o freio de mão para depois colocar o câmbio em Parking e então tirar a chave. Funcionou algumas vezes com a gente, mas não é nada que a Fiat recomende oficialmente. Na rede Jeep, o procedimento é trocar o miolo. É capaz que a Fiat siga o mesmo caminho…Sobre o motor, bem, o E-TorQ 1.8 16V é esforçado, mas não dá para fazer milagre levando uma picape que pesa, vazia, 1.619 kg. As saídas são morosas e as ultrapassagens requerem atenção, além de pé embaixo. Mas, verdade seja dita, é mais agradável dirigir a Toro 1.8 que o Renegade 1.8, na parte de sensações – e não de números. Isso porque, com o coletor de admissão variável e programação exclusiva do acelerador eletrônico, a picape já embala com meio curso do pedal, enquanto o Jeep precisa de maior pressão no pé direito.Pisando tudo, no entanto, o Renegade faz valer sua menor massa e anda na frente. Abastecida com etanol, a T
Fonte: UOL Carros / Carplace