Volta rápida: Porsche 911 entra de vez na era turbo – e sem lag!

 Por: Daniel MessederDiversas rupturas deixaram os puristas de orelhas em pé ao longo dos 53 anos de carreira do Porsche 911. Em 1988, o modelo aparecia pela primeira vez com tração integral, em opção à traseira. Dez anos depois, uma grande mudança: o adeus aos clássicos motores de refrigeração a ar, com a introdução dos propulsores refrigerados à líquido. Em 2011, foi a vez de a direção elétrica aposentar o sistema hidráulico. Agora, em 2016, chega ao Brasil a nova gama 911 com motor turbo. “Mas 911 turbo existe desde 1975”, você pode argumentar. Sim, a diferença é que agora todos os 911 são turbinados, desde a versão de entrada Carrera – outra novidade por aqui.O que é?Quando apenas a versão topo de linha do 911 tinha motor turbo, os fãs já sabiam que as coisas eram diferentes neste modelo e ainda podiam optar pelos carros aspirados. Desta vez, tanto o Carrera quanto o Carrera S entram na era do downsizing: o novo propulsor 3.0 boxer biturbo de seis cilindros um turbo para cada bancada substitui os antigos 3.4 e 3.8 litros, respectivamente, no Carrera e no Carrera S. No primeiro, rende 370 cv e 45,9 kgfm de torque; no segundo, são 420 cv e 51,0 kgfm – mudam tamanho do turbo, pressão 0,9 e 1,1 bar, na ordem e parametrização. Ambos serão vendidos no Brasil apenas com a transmissão automatizada PDK de dupla embreagem e sete marchas.Os dois acrescentam 20 cv em relação aos antecessores aspirados, mas o maior ganho acontece no torque, com 6,1 kgfm extras. E isso logo a 1.700 rpm, se estendendo até 5.000 rpm, ao passo que o aspirado só entregava sua força completa a elevadas 4.500 rpm. Acontece que turbinar também tem seus efeitos colaterais: lag da turbina aquela “espera” para o turbo encher” e o corte de giro mais baixo do motor. Neste caso, a Porsche deixou a potência máxima em 6.500 giros; no Carrera S aspirado ela vinha a entusiasmantes 7.400 rpm.
Fonte: UOL Carros / Carplace