VW Passat 3.2 V6, a nova jóia da coroa alemã

Modelo traz tudo que a montadora tem de mais avançado e melhor

Texto: Gustavo Henrique Ruffo

Tração nas quatro rodas, câmbio DSG, injeção direta de gasolina, conforto, estilo e qualidade de construção. Apesar de a Volkswagen ter em sua linha o Phaeton, modelo mais sofisticado que ela já produziu, o Passat mostra praticamente tudo que a empresa tem de melhor. E a versão lançada mais recentemente no Brasil, a 3.2 V6, é a que melhor ostenta todas elas, na falta do Phaeton.

Ao preço de R$ 167,15 mil, a maior novidade oferecida por esta versão do carro é o câmbio DSG (Direct Shift Gearbox, ou Direktschaltgetriebe, em bom alemão), um sistema de dupla embreagem e gerenciamento eletrônico, desenvolvido pelar BorgWarner, que o faz parecer automático. Com isso, ele consegue ser muito mais rápido em movimento do que modelos manuais, preservando parte do conforto de uma transmissão automática tradicional.

Evolução da transmissão manual automatizada, a caixa DSG usa duas embreagens para que cada uma se encarregue de um grupo de marchas: uma das pares e outra, das ímpares. Quando uma delas está engatada, a seguinte já está pré-selecionada, de acordo com o que uma central de computador entende ser correto.

Assim, quando o motorista seleciona D e começa a acelerar, a primeira marcha é engatada e a segunda fica “de prontidão”. Se o motorista continua a acelerar, a primeira marcha é desengatada praticamente ao mesmo tempo em que a segunda começa a atuar. E a terceira também fica esperando sua vez.

O tempo que essa operação toda leva é de 8 milissegundos, contra 150 milissegundos que a transmissão manual automatizada do Ferrari Enzo, chamada de SMT, leva para trocar de marcha.

Com isso, em marcha o carro dá ao motorista tração e resposta o tempo todo, para o que colabora a segunda novidade interessante do Passat: tração nas quatro rodas. Em suma, não bastasse a rapidez de resposta que tem, o carro ainda tem duas rodas a mais atendendo aos pedidos do pé direito do condutor.

Chamado de 4Motion, o sistema é o mesmo utilizado nos veículos da Audi, ou seja, o quattro, mas com um nome diferenciado, o que acontece por razões óbvias. Afinal, um elemento tão distintivo da marca das quatro argolas não poderia ser simplesmente adotado, com nome e tudo, em um modelo teoricamente “menos nobre”.

Aliado ao câmbio e à tração está o belíssimo motor V6 que dá nome a esta versão do Passat. Com 3.168 cm³, ele gera 250 cv e 330 Nm de torque, o que leva o espaçoso sedã a 246 km/h de máxima e do 0 aos 100 km/h em 6,9 s. Vale lembrar que o Passat pesa 1.660 kg!

Muito de toda essa força se deve ao sistema de injeção direta de gasolina no motor, chamado de FSI e que poderia ser primazia da Mitsubishi, mas a marca japonesa adotou a cautela que é peculiar às empresas orientais. Além de tornar o motor mais potente, o sistema também permite que o propulsor utilize menos combustível para realizar a mesma tarefa que um modelo comum. Em suma, o carro tem o potencial de ser mais econômico que outro modelo com motorização equivalente.

No mais, o Passat tem as mesmíssimas qualidades de construção e de conforto que o modelo com motor 2-litros oferece. Com 2,71 m de entreeixos, ele tem espaço interno equivalente ao do Chevrolet Vectra e do Renault Mégane. O porta-malas, com 565 l, é o maior de sua categoria e o acabamento é primoroso.

Em termos de oferta de equipamentos, ele tem bancos elétricos com memória inclusive dos retrovisores, faróis de xenônio com lâmpadas direcionais (que se acendem dependendo do lado para o qual o motorista esterça o volante, com o objetivo de iluminar melhor o lado para o qual o carro se dirige), lanternas traseiras de LED, ABS (freios antitravamento), ESP (controle de estabilidade), ASR (controle de tração) e airbags dianteiros, laterais e de cortina

Pontos fracos

Ainda que seja um dos melhores automóveis que já receberam a marca Volkswagen, o Passat cobra caro do consumidor toda a sua excelência. E é essa equação que pode ser delicada d
Fonte: Web Motors (15/10/2007)