Chevrolet Equinox 1.5 turbo dá conta do recado mesmo com 90 cv a menos

Desde que estreou no Brasil, há pouco mais de dois anos, o Chevrolet Equinox sempre teve o desempenho do motor 2.0 turbo de 262 cv como destaque. Tanto que no comercial de lançamento o garoto-propaganda, ninguém menos que ex-piloto de Fórmula 1 Felipe Massa, topava o desafio proposto pelo motorista de um antigo Porsche 911 para uma corrida no Autódromo de Interlagos.

A performance acima da média do Equinox (capaz de atingir os 100 km/h em apenas 7,6 segundos) realmente passa a sensação de “sobrar motor” para um carro de proposta familiar, mas nem todo comprador de SUV dá tanta importância para essa vocação esportiva.

Para atingir esse público e, consequentemente, aumentar a participação do Equinox no concorrido segmento de SUVs, o modelo chega à linha 2020 apostando na inédita motorização Ecotec 1.5 turbo a gasolina para brigar com as versões intermediárias do Jeep Compass e Volkswagen Tiguan – e até mesmo contra o caro Honda HR-V Touring de quase R$ 140 mil.

O novo motor entrega 172 cv de potência a 5.600 rpm e 28 kgfm de torque a partir de 2.500 rpm, conectado a uma transmissão automática de seis velocidades. Esse conjunto é oferecido com tração dianteira, mas pode ser combinado ao sistema de tração integral na versão topo de linha Premier AWD.





















A fabricante informa que o Equinox 1.5 turbo acelera de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos. O desempenho é consideravelmente inferior ao do 2.0 turbo de 262 cv e 37 kgfm, mas o SUV não desapontou no teste promovido no Campo de Provas da GM em Indaiatuba, no interior de São Paulo.

Sem especificar o tipo de tração, a GM declara que o consumo médio do Equinox 1.5 turbo, segundo os parâmetros do Inmetro, é de 9,5 km/l na cidade e 11,7 km/l na estrada. Como comparação, o 2.0 turbo com tração integral faz, respectivamente, 8,4 km/l e 10,1 km/l.

As acelerações são condizentes para um carro do porte e proposta do Equinox: não dão aquela patada nas costas como o 2.0 turbo, mas também não decepcionam. Nos trechos de subida da pista de testes, o Equinox manteve o fôlego sem apelar para frequentes reduções de marcha.

O câmbio automático cumpre bem o papel numa condução mais tranquila, embora seja notável o maior espaçamento entre as marchas que na caixa de nove velocidades da versão 2.0 turbo.

No campo de provas conseguimos levar o SUV próximo do seu limite dinâmico, condição a qual não poderíamos submetê-lo em vias públicas por razões óbvias de segurança. E o Equinox foi muito bem nos trechos sinuosos da pista, mesmo quando imposto a uma tocada, digamos, menos responsável.

Apesar do rodar confortável de carro americano, a inclinação da carroceria é bem controlada pelas suspensões independentes nas quatro rodas, e a tração integral logo trata de manter o SUV na trajetória. Na versão Midnight, de tração apenas dianteira, notamos que o controle de estabilidade atua mais cedo para evitar o subesterço (saída de frente) quando o carro está próximo do limite de aderência das rodas.

A impressão inicial é que o motor 1.5 turbo dá conta de levar os mais de 1.600 kg do SUV, sem comprometer demais o desempenho em comparação ao propulsor 90 cv mais potente. No entanto, achamos que a GM poderia ter ousado mais nos preços, uma vez que o Equinox LT 2.0 turbo era vendido por uma diferença de apenas R$ 3 mil (R$ 132.990).

Fora isso, o SUV mantém o bom nível de equipamentos desde a versão LT (R$ 129.990), trazendo de série faróis de xenônio, rodas de liga leve de 18 polegadas, painel com tela digital de 4,2”, banco do motorista com ajustes elétricos, alertas de ponto cego e tráfego cruzado, seis airbags, controles de estabilidade e tração, câmera de ré, central multimídia MyLink com tela de 8” com comandos por voz e compatibilidade com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay, entre outros.

A Midnight (R$ 131.990) incorpora acabamento interno e detalhes externos escurecidos e as rodas de 19” da Premier pintadas de preto.

Na versão Premier AWD (R$ 154.990) são acrescentados faróis de LED, rodas aro 19”, bancos de revestimento ecológico , carregador de smartphones sem fio, sistema de som premium Bose, teto solar panorâmico, frenagem automática de emergência, detecção de pedestres, câmera 360º, assistente de permanência em faixa, assistência de estacionamento automático, banco do motorista com alerta vibratório de segurança, abertura e fechamento elétrico do porta-malas e tração integral. A Premier 2.0 turbo AWD (R$ 162.990) adiciona ponteira dupla de escape.

Teste-drive a convite da General Motors
Fotos: Divulgação

FICHA TÉCNICA
Carroceria Monobloco em aço, cinco portas, cinco lugares
Motor Dianteiro, transversal, injeção direta, turbo, intercooler, duplo comando variável na admissão e escape, a gasolina
Número de cilindros 4
Número de válvulas 16 (quatro por cilindro)
Taxa de compressão 10:1
Cilindrada 1.490 cm³
Potência 172 cv a 5.600 rpm
Torque 27,8 kgfm de 2.500 a 4.500 rpm
Transmissão Automática de seis marchas
Tração Integral
Direção Elétrica
Suspensão dianteira Independente McPherson
Suspensão traseira Independente multlink
Pneus e rodas 235/50 R19, liga leve 19″
Freios dianteiros Discos ventilados com ABS e EBD
Freios traseiros Discos sólidos com ABS e EBD
Tanque de combustível 56 litros
Volume do porta-malas 468 litros
Altura 1,69 m
Comprimento 4,65 m
Largura 1,84 m (sem espelhos)
Entre-eixos 2,72 m
Peso em ordem de marcha 1.626 kg
Carga útil 494 kg
Ângulo de entrada 14,8º
Ângulo de saída 23,2º
Altura livre do solo 16 cm
Diâmetro de giro 11,4 m
Aceleração 0 a 100 km/h (dado de fábrica) 9,2 segundos
Velocidade máxima (dado de fábrica) 196 km/h


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