A alemã ZF desenvolveu um sistema hibridizado para caixas de câmbio automatizadas. Utilizando um Dacia Duster, o fabricante de componentes automotivos torna essa opção, pouco apreciada por muitos, mais eficientes em termos de consumo e emissão de poluentes, além de proporcionar ao veículo a capacidade de tração nas quatro rodas.
Como o sistema automatizado é mais barato que a caixa de câmbio automática, CVT ou com dupla embreagem, o nova opção desenvolvida pela ZF permitirá uma boa redução nos custos de desenvolvimento e produção de carros baratos, que dificilmente seriam híbridos por causa do preço final, elevado para sua faixa de atuação se utilizar as tecnologias atuais.
Assim, o sistema da ZF permite que o câmbio automatizado, chamado eAMT, possa ser colocado em carros de projeto para mercados emergentes, onde a automatização é mais ampla, especialmente no mercado indiano e em menor grau no brasileiro. No leste europeu, a Dacia e a Lada são algumas das marcas que apostam na transmissão automatizada.
O eAMT consiste de um motor elétrico montado no eixo traseiro e ligado às rodas por meio de semieixos, mas sua função primária não é prover a tração em tempo integral. Durante as trocas de marcha, quando o sistema automatizado aciona a embreagem mecânica e o motor deixa de transmitir sua força às rodas, o motor elétrico entra em ação para compensar a perda de tração nesse momento.
Com isso, o câmbio automatizado deixa de lado aquele característica ruim de tranco ou buraco entre as marchas, bastante criticada por quem já experimentou esse sistema. Mas, o eAMT pode também oferecer outras funcionalidades, dependendo da escolha do fabricante do veículo, que assim pode ampliar ou não as capacidades do dispositivo.
Segundo a ZF, o sistema permitir força extra nas ultrapassagens, funcionamento em tempo integral com o motor, fornecendo assim tração nas quatro rodas, bem como pode até mover o veículo sozinho durante baixa velocidade ou no anda-e-para do trânsito. O carro automatizado com o eAMT pode funcionar como micro-híbrido, híbrido comum ou plug-in. Nesse último caso, o fabricante do modelo escolhe o tamanho da bateria e o padrão de recarga externa.
Isso permitiria ao carro rodar até por trajetos curtos sem emissão de poluentes e com consumo zero de combustível. A ZF não revelou o custo do equipamento, obviamente, por isso não se sabe qual seria o impacto no preço de um modelo barato com câmbio automatizado. Sem dúvida, apenas a função básica já traria benefícios à condução, consumo e emissão.
[Fonte: Auto Plus]
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